Judô garante primeiras medalhas do Brasil em Paris e Rayssa Leal brilha com bronze no skate

(Reuters) - O Brasil conquistou três medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris neste domingo, quando o judô garantiu os dois primeiros pódios do país, ampliando sua vantagem como modalidade que mais conquistou medalhas para o Brasil, enquanto Rayssa Leal, aos 16 anos, ganhou a segunda medalha olímpica de sua carreira no skate street.

A primeira medalha do dia veio com o judoca Willian Lima, que levou a prata na categoria até 66 quilos.

Lima, de 24 anos, foi derrotado na decisão do título olímpico para o japonês Hifumi Abe, medalhista de ouro também na Olimpíada de Tóquio.

"A derrota dói, ainda mais em uma final, eu sabia que tinha condições de ser campeão, eu treinei muito. Mas também estou feliz porque eu falei para o meu filho que eu ia colocar a medalha no pescoço dele e eu vou", disse o judoca em entrevista após a luta.

O brasileiro, treinado pelo medalhista olímpico Leandro Guilheiro, foi campeão mundial sub-21 em 2019.

Pouco depois da prata, Larissa Pimenta entrou no tatame para disputar a medalha de bronze contra a italiana campeã mundial Odette Giuffrida na categoria até 52 quilos.

A brasileira ganhou no golden score, por acúmulo de punições, sob o comando da hoje treinadora Sarah Menezes, campeã olímpica nos Jogos Londres 2012.

"Desde criança eu sou muito fã dela, sempre acompanhei. A gente fez disputa olímpica para a Olimpíada de Tóquio. Lutamos muito juntas. Eu aprendi muito com ela e acho que não tem nada melhor nesse momento do que estar com ela. Posso dizer que ela foi a pessoa que acreditou muito em mim", declarou Larissa.

Com as duas medalhas, o judô brasileiro passa a contar com 26 pódios olímpicos, sendo a modalidade que mais conquistou medalhas em Jogos, à frente da vela, com 19 medalhas.

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BRILHO DE RAYSSA

Rayssa Leal ganhou a medalha de bronze no skate street dos Jogos Olímpicos de Paris, sua segunda medalha olímpica.

Coco Yoshizawa, do Japão, conquistou a medalha de ouro na prova e sua compatriota Liz Akama ficou com a prata.

Rayssa, prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, começou errando as duas primeiras voltas na bateria de Paris e precisava de notas altas nas manobras. Ela então conseguiu a maior nota da história do skate street olímpico até aquele momento com 92.68 e avançou em sétimo lugar.

Na final, a brasileira terminou a fase de voltas em quinto lugar, com 71.66. No momento das manobras, ela bateu o próprio recorde na segunda tentativa e fez 92.88. Rayssa errou a primeira, a terceira e a quarta tentativas. Na última, conseguiu um 88.83 para garantir o bronze em Paris.

"Na final, eu fiquei muito feliz. Consegui dar minhas manobras, consegui fazer o meu melhor", disse Rayssa.

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(Por Tatiana Ramil)

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