Suspensão do X no Brasil provoca universos paralelos nas redes
Mesmo com acesso suspenso por decisão unânime do Supremo Tribunal Federal, o X (ex-Twitter) continua com cerca de 20% de seu movimento habitual no Brasil - segundo levantamento da consultoria Arquimedes. O conteúdo publicado por brasileiros após a proibição judicial entra na rede via pessoas que moram no exterior, via VPN (que mascara o "endereço" de acesso do usuário e burla o banimento no país) ou por meio de outros subterfúgios.
De acordo com Pedro Bruzzi, sócio da Arquimedes, as publicações remanescentes são essencialmente de pessoas à direita no espectro político. A polarização que marcou historicamente o Twitter, com duas bolhas distintas de usuários, acabou. Praticamente não há mais usuários de esquerda que publiquem com frequência e volume no X desde a suspensão do acesso no Brasil.
Esse público migrou para outras redes, mas principalmente para o Bluesky - rede criada por um dos fundadores do Twitter. O movimento brasileiro no Bluesky cresceu exponencialmente desde o banimento do X. Corresponde a cerca de 25% do que era o tráfego no X, segundo Bruzzi. A grande maioria é de esquerda. Felipe Netto é o maior influencer entre os exilados.
Assim, as duas bolhas se separaram em plataformas distintas, sem mais contato entre si. São universos paralelos. E excludentes.
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Podcast A Hora, com José Roberto de Toledo e Thais Bilenky
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