Blinken faz apelo para Israel aproveitar oportunidade e acabar com guerra em Gaza

Por Humeyra Pamuk

TEL AVIV (Reuters) - O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, fez um apelo nesta quarta-feira para Israel aproveitar a oportunidade aberta com o assassinato do líder do Hamas, Yahya Sinwar, e a destruição de grande parte da capacidade do grupo durante mais de um ano de conflito para encerrar a guerra em Gaza.

Blinken disse que Israel havia alcançado muitos de seus objetivos, incluindo a destruição de boa parte da força militar do Hamas e a eliminação da maior parte de sua liderança, incluindo Sinwar, e que agora deveria focar em trazer os reféns restantes de Gaza para casa e encerrar os combates.

“Agora é o momento de transformar esses sucessos em um sucesso estratégico duradouro”, disse aos repórteres enquanto se preparava para partir para Riad, na próxima etapa de sua visita ao Oriente Médio.

“O foco precisa estar em trazer os reféns para casa, acabar com esta guerra e ter um plano claro para o que virá a seguir”, afirmou.

O que virá a seguir em Gaza é algo crucial e vai ser necessário ter “planos claros e concretos” para o futuro do enclave, que não seria controlado nem pelo Hamas nem por Israel, acrescentou.

"Precisamos acabar com a guerra de uma forma que mantenha o Hamas de fora e assegure que Israel não permaneça. Israel não quer permanecer”, disse.

Blinken também afirmou que Israel precisava fazer mais para garantir que suprimentos humanitários adequados chegassem às pessoas que vivem em condições terríveis, mais recentemente no norte de Gaza, onde Israel tem pressionado as pessoas a deixarem a área.

“Vimos progresso, mas não é suficiente”, concluiu.

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O governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não formulou nenhuma visão clara para Gaza após a guerra, além de afirmar que a capacidade militar e de governo do Hamas precisava ser completamente desmantelada.

Blinken repetiu que os Estados Unidos rejeitam qualquer ocupação israelense de Gaza e disse que Netanyahu lhe garantiu que Israel não tinha tais planos, apesar da pressão de muitos em seu próprio partido para permitir o retorno dos colonos.

“Essa tem sido a política dos EUA, continuará sendo a política dos EUA, e também é, no meu entendimento, a política do governo israelense, que ouvi do primeiro-ministro, que é a autoridade nessas questões”, disse o secretário de Estado.

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