Autoridades alertam contra vídeos falsos sobre eleições nos EUA, mas veem pouca influência

WASHINGTON (Reuters) - O FBI alertou os norte-americanos nesta terça-feira sobre dois novos vídeos falsos que citam falsamente ameaças terroristas e fraude eleitoral, o mais recente de uma série de desinformação que as autoridades preveem que se intensifique à medida que os eleitores se dirigem às urnas no dia da eleição.

Um vídeo fabricado, apontado como sendo da agência federal, citava falsamente uma alta ameaça terrorista e pedia aos norte-americanos que "votassem remotamente", enquanto outro vídeo inclui um comunicado de imprensa falso, alegando ser da agência e afirmando que houve fraude na votação entre os detentos em cinco prisões.

Ambos "não são autênticos", disse o Federal Bureau of Investigation em um comunicado: "As tentativas de enganar o público com conteúdo falso sobre as avaliações de ameaças e atividades do FBI visam minar nosso processo democrático e corroer a confiança no sistema eleitoral".

Autoridades federais, estaduais e locais têm alertado os norte-americanos sobre as tentativas de prejudicar a eleição com notícias falsas e pedem aos eleitores dos EUA que busquem informações confiáveis de fontes confiáveis.

Até 12h (horário de Brasília), havia pouca evidência de qualquer interrupção genuína ou generalizada.

Cait Conley, funcionária sênior da Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura, disse em uma entrevista coletiva na terça-feira que a agência não estava rastreando nenhum incidente nacional que estivesse afetando a segurança da infraestrutura eleitoral dos EUA, embora ela tenha alertado que agentes estrangeiros podem tentar fazer parecer o contrário.

"Como dissemos repetidamente, podemos ver mais dessa atividade hoje e nas próximas semanas, com um foco especial nas narrativas de influência que afetam os Estados decisivos", disse Conley.

Na segunda-feira, agências de inteligência dos EUA disseram que esperavam que as operações de influência no exterior "se intensificassem até o dia da eleição e nas próximas semanas", especialmente nos sete Estados decisivos: Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.

Ainda assim, a diretora da agência de segurança cibernética dos EUA Jen Easterly disse que seu departamento não viu evidências de nenhuma atividade que pudesse afetar diretamente o resultado da eleição de terça-feira.

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Na semana passada, agências de inteligência dos EUA culparam a Rússia por um vídeo falso que supostamente mostrava um imigrante haitiano afirmando ter votado várias vezes no Estado da Geórgia. No fim de semana, o FBI alertou sobre vários outros vídeos falsos.

A Rússia nega rotineiramente interferência na política norte-americana.

(Reportagem de Susan Heavey, Raphael Satter, James Pearson e AJ Vicens)

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