FMI e Banco Mundial prometem na cúpula do clima da ONU trabalhar com Trump
Por Andrea Shalal
(Reuters) - Os executivos responsáveis pelo Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) disseram, neste terça-feira, que vão trabalhar com o governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para continuar oferecendo financiamento para países em desenvolvimento impactados pela mudança climática.
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse em painel durante a COP29, a cúpula climática da ONU no Azerbaijão, que o banco global havia trabalhado com Trump durante seu mandato anterior e esperava fazê-lo novamente. "Ele tem um mandato do povo norte-americano", disse.
Georgieva disse estar confiante de que o setor privado dos EUA continuará investindo em tecnologias verdes. "É a proposta de negócios para se manter à frente da curva e não tenho dúvida de que isso vai continuar", disse.
A eleição de Trump, que deve afastar os Estados Unidos dos esforços globais para combater as mudanças climáticas, levantou questões sobre a capacidade do FMI e do Banco Mundial -- onde os EUA são os maiores acionistas -- de aumentar o financiamento dos países em questões relacionadas ao clima.
A cúpula deste ano tenta garantir a arrecadação de centenas de bilhões de dólares para financiar uma transição global para fontes de energia mais limpas e limitar os danos climáticos causados pelas emissões de carbono dos maiores países do mundo, incluindo os EUA.
Ajay Banga, presidente do Banco Mundial, disse que Trump venceu por uma margem histórica, o que exige respeito, e destacou o trabalho do banco para se tornar mais eficiente, incentivando o aumento dos investimentos privados no financiamento climático.
"Vamos conversar com ele. Esse é o nosso trabalho", disse ele, observando que durante seus 17 meses à frente do banco também houve mudanças no governo nos outros quatro maiores doadores: Alemanha, França, Japão e Reino Unido.
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