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Trump e Musk acompanham lançamento da Starship da SpaceX, mas booster não consegue aterrissar

A presença de Trump sinaliza uma aliança crescente com Musk, que pode se beneficiar com a vitória eleitoral de Trump Imagem: Por Joey Roulette

Joey Roulette;

Washington

19/11/2024 20h23

Por Joey Roulette

(Reuters) - A SpaceX, de Elon Musk, lançou seu foguete Starship gigante para o espaço a partir do Texas nesta terça-feira, avançando as habilidades de voo espacial da nave, mas falhando em uma tentativa de trazer seu propulsor de volta à superfície, enquanto o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, observava das instalações de foguetes da empresa.

O sistema de foguetes, com cerca de 122 metros de altura, foi projetado para levar astronautas à Lua e transportar tripulações para Marte, e decolou às 16h do horário local do complexo de desenvolvimento de foguetes da SpaceX em Boca Chica, Texas.

O propulsor do primeiro estágio do foguete, de 71 metros de altura, chamado Super Heavy, separou-se de seu segundo estágio, Starship, a aproximadamente 62 km de altitude, enviando a nave para o espaço.

O Super Heavy caiu inesperadamente no Golfo do México em vez de retornar à terra, onde se esperava que caísse em grandes braços mecânicos presos à torre de onde foi lançado. O desvio de última hora para a água indicou que algo deu errado.

Uma transmissão ao vivo separada da SpaceX e hospedada pelo blogueiro espacial Everyday Astronaut mostrou o booster Super Heavy explodindo em uma enorme bola de fogo no horizonte do Golfo depois de cair.

No mês passado, o Starship demonstrou pela primeira vez o método inovador de pouso controlado, alcançando um marco importante no design reutilizável do foguete. O pouso controlado desta terça-feira deveria ser “mais rápido/difícil”, escreveu Musk nas redes sociais antes do lançamento.

No espaço, o Starship viajou ao redor da Terra para aterrissar durante o dia no Oceano Índico cerca de uma hora depois. Ele reacendeu um de seus motores de bordo no espaço pela primeira vez, um teste inicial de sua capacidade de manobra no espaço que a SpaceX havia tentado, mas não conseguiu fazer em voos anteriores.

A presença de Trump sinaliza uma aliança crescente com Musk, que pode se beneficiar com a vitória eleitoral de Trump, dado o potencial do bilionário de exercer influência significativa para favorecer suas empresas e obter tratamento governamental vantajoso.

Musk, a pessoa mais rica do mundo, foi um apoiador proeminente da campanha presidencial de Trump, participando de comícios e contribuindo com pelo menos 119 milhões de dólares em apoio político.

“Estou indo para o grande Estado do Texas para assistir ao lançamento do maior objeto a ser elevado, não apenas ao espaço, mas a ser retirado do solo”, escreveu Trump nas redes sociais, desejando sorte a Musk no lançamento.

Em 13 de novembro, Trump nomeou Musk como co-líder de um novo projeto de eficiência governamental que o fundador da SpaceX e CEO da Tesla afirmou que eliminará gastos desnecessários e regulações consideradas onerosas.

A regulação da Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) sobre lançamentos de foguetes comerciais tem sido uma fonte de frustração para Musk, que frequentemente critica a agência por atrapalhar o progresso da SpaceX na exploração de Marte.

No entanto, a aprovação da FAA para o lançamento do Starship desta terça, pouco mais de um mês após o voo anterior do foguete, foi o processo regulatório mais rápido até agora para a SpaceX, enquanto a agência desenvolve novos processos de aprovação para acompanhar o crescimento da indústria espacial dos EUA.

Na terça-feira, Musk listou quatro objetivos principais para o voo de teste: reiniciar o motor espacial da Starship durante o voo, fazer um pouso mais visível no oceano durante o dia -- as tentativas anteriores foram à noite --, submeter a Starship a um calor mais intenso durante a reentrada e fazer com que o pouso do booster seja mais rápido.

A SpaceX visa avanços rápidos no desenvolvimento da Starship durante um segundo mandato de Trump. A agenda espacial do governo deve dar maior ênfase ao programa Artemis da Nasa, que pretende levar astronautas de volta à superfície lunar, com foco no objetivo mais ambicioso de levar pessoas a Marte, a maior aspiração espacial de Musk.

(Reportagem de Joey Roulette em Washington)

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