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Itália questiona viabilidade de mandado de prisão do TPI contra Netanyahu

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, discursa aos líderes mundiais durante a Assembleia Geral das Nações Unidas Imagem: SPENCER PLATT/Getty Images via AFP

Alvise Armellini;Angelo Amante;

De Fiuggi, na Itália

26/11/2024 16h20Atualizada em 26/11/2024 17h03

A Itália disse nesta terça-feira que há "muitas dúvidas" sobre o mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, avaliando que não seria viável prendê-lo enquanto ele seguir no comando do governo.

A Itália, que atualmente preside o Grupo dos Sete (G7), sediou uma reunião de ministros das Relações Exteriores que resultou em declaração final sem menção direta aos mandados de prisão do TPI contra os líderes israelenses e do Hamas.

O ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, que tentou estabelecer uma posição comum dos integrantes do G7 sobre o assunto, disse que Roma tem muitas dúvidas sobre a legalidade dos mandados e que é necessário ter clareza se altos funcionários de Estado têm imunidade contra prisão.

"Netanyahu nunca iria a um país onde pudesse ser preso", disse Tajani em coletiva de imprensa ao final do encontro de dois dias realizado na cidade termal de Fiuggi.

"A prisão de Netanyahu é impraticável, pelo menos enquanto ele for primeiro-ministro", acrescentou.

A discussão relacionada ao TPI gerou tensão dentro da coalizão da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni.

O ministro da Defesa, Guido Crosetto, afirmou que Roma teria que cumprir suas obrigações e prender Netanyahu se ele viesse à Itália, enquanto Matteo Salvini — líder do partido da coalizão Liga — disse que o líder israelense seria bem-vindo no país.

A ação do TPI foi fortemente criticada pelos Estados Unidos, que, assim como Israel, não são membros da corte.

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