Família de ativista morta na Cisjordânia diz que Blinken não ofereceu perspectiva de inquérito dos EUA
Por Humeyra Pamuk
WASHINGTON (Reuters) - A família de uma ativista de direitos humanos norte-americana nascida na Turquia, morta por Israel na Cisjordânia ocupada, pediu ao secretário de Estado Antony Blinken nesta segunda-feira que haja uma investigação dos EUA sobre seu assassinato, mas não obteve nenhuma promessa, disse o marido da mulher.
Aysenur Ezgi Eygi, 26 anos, foi morta a tiros em 6 de setembro, enquanto participava de uma marcha de protesto na cidade de Beita contra a expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia.
Falando a repórteres depois de se reunir com o principal diplomata dos EUA, Hamid Ali disse que Blinken foi atencioso, mas não deu garantias de que Washington realizará sua própria investigação e pediu aos parentes de Eygi que esperassem que Israel concluísse seu inquérito.
"Ele foi muito respeitoso com os israelenses", disse Ali sobre Blinken. "Parecia que ele estava dizendo que suas mãos estavam atadas e que eles não podiam fazer muita coisa."
Não havia um cronograma claro sobre quando Israel concluirá sua investigação, disse Ali.
O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou que Blinken disse à família que Israel havia informado os Estados Unidos nos últimos dias que está finalizando sua investigação e que o Departamento de Estado compartilharia prontamente quaisquer descobertas com a família.
"Com relação a uma investigação dos Estados Unidos... isso seria de competência do Departamento de Justiça", disse Miller.
Israel reconheceu que suas tropas atiraram em Eygi, mas diz que foi um ato não intencional durante uma manifestação que se tornou violenta. Sua família acredita que ela foi visada como uma ativista.
(Reportagem de Humeyra Pamuk)
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