Motivos de aluna para ataque a tiros em escola cristã no Wisconsin permanecem desconhecidos

(Reuters) - A polícia de Wisconsin estava entrevistando, nesta terça-feira, amigos e familiares e examinando a atuação nas redes sociais de uma menina de 15 anos para determinar o que a levou a abrir fogo em uma sala de aula de sua escola cristã particular, matando um colega e um professor antes de tirar a própria vida.

A atiradora, identificada pela polícia como Natalie Rupnow, que também atendia pelo nome de Samantha, era aluna da Abundant Life Christian School em Madison, capital do Estado.

A probabilidade de mulheres e meninas cometerem ataques a tiros em escolas e tiroteios em massa é muito menor do que a de homens agressores.

Entre os 2.610 incidentes desde 1966 monitorados pelo K-12 School Shooting Database, nos quais o gênero do atirador é conhecido, as mulheres suspeitas foram responsáveis por apenas 107. Cerca de 3% de todos os tiroteios em massa nos EUA são perpetrados por mulheres, segundo estudos.

O motivo do ataque ainda não estava claro. O chefe de polícia de Madison, Shon Barnes, disse à CNN nesta terça-feira que os investigadores estão analisando publicações online e um possível manifesto que a atiradora pode ter deixado para trás.

"Tomamos conhecimento de um manifesto, se você quiser chamá-lo assim, ou algum tipo de carta que foi postada por alguém que alegou ser amigo dela", disse Barnes.

Barnes afirmou que a polícia também está examinando seu telefone celular e computador para ver se houve alguma transmissão entre ela e outra pessoa. Outras perguntas que os investigadores estão tentando responder são como a jovem de 15 anos obteve a arma e se seus pais foram negligentes.

"Essa é uma pergunta que teremos de responder com o gabinete do promotor público", disse Barnes. "Mas, neste momento, esse não parece ser o caso."

A polícia confirmou a rua da casa da atiradora em Madison. Registros online mostram que alguém chamado Jeffrey Rupnow mora na mesma rua, e um perfil do Facebook pertencente a um Jeff Rupnow em Madison mostra fotos de 2009 de uma filha recém-nascida chamada Natalie Lynn, 15 anos atrás.

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A foto de capa de Rupnow, publicada em agosto, mostra o que parece ser uma adolescente atirando com uma espingarda em um clube local. Em um comentário no site, Jeff Rupnow diz que ele e sua filha entraram para o clube na primavera e "estão adorando cada segundo".

Não foi possível entrar em contato com Rupnow para comentar o assunto.

Dois alunos estavam em estado crítico correndo risco de morte, e várias outras vítimas sofreram ferimentos menos graves.

Tiroteios em escolas se tornaram uma ocorrência quase diária nos Estados Unidos, com 322 deles neste ano, de acordo com o K-12 School Shooting Database. É o segundo maior total de qualquer ano desde 1966 -- superado apenas pelos 349 do ano passado.

Pesquisas mostram que os eleitores norte-americanos são a favor de verificações mais rigorosas de antecedentes para compradores de armas, limites temporários para pessoas em crise e mais requisitos de segurança para o armazenamento de armas em casas com crianças. No entanto, líderes políticos têm se recusado em grande parte a agir, citando a proteção constitucional dos EUA para os proprietários de armas.

(Reportagem de Brendan O'Brien em Chicago e Joseph Ax em Princeton, Nova Jersey)

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