Merz e social-democratas superam primeiro obstáculo para formar coalizão na Alemanha

Por Andreas Rinke e Vera Eckert e Matthias Williams

BERLIM (Reuters) - Os conservadores de Friedrich Merz, vencedores da eleição alemã, e os social-democratas (SPD) concluíram negociações preliminares para formar um governo de coalizão neste sábado, prometendo endurecer a abordagem contra a imigração ilegal, apoiar a indústria e impulsionar a economia.

Esperando para ser chanceler, Merz quer formar uma coalizão até a Páscoa, neste ano em 20 de abril. Ele alertou que faltavam “cinco minutos para a meia-noite” para a Europa se defender sozinha contra uma Rússia hostil, com os Estados Unidos, sob o comando do presidente Donald Trump, não sendo mais considerado um aliado confiável.

Os dois partidos corriam para fechar um acordo antes da próxima semana, quando esperam aprovar uma flexibilização dos limites de empréstimo da Alemanha no parlamento, para reviver o crescimento da maior economia da Europa e aumentar gastos militares.

“Há uma urgência enorme, especialmente em relação ao orçamento do Bundeswehr (Exército)”, afirmou Merz.

Na Alemanha, onde coalizões são a norma, os governos são tipicamente formados em duas fases, com partidos primeiro realizando negociações exploratórias e depois entrando em conversas formais de coalizão.

O bloco conservador CDU/CSU, de Merz, e o SPD debateram questões como imigração e pagamentos de assistência social, unindo-se depois de uma difícil campanha eleitoral.

Em seus primeiros comentários, Merz prometeu endurecer medidas para combater imigração ilegal, prometendo agir ao lado de outros membros da União Europeia.

Ele também afirmou que a Alemanha deveria ter como objetivo um crescimento econômico de 1% a 2% e custos mais baixos de energia para ajudar as empresas.

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(Reportagem de Andreas Rinke, Vera Eckert, Holger Hansen)

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