Ataques aéreos de EUA e Somália matam militantes do al Shabaab e atingem navio com armas, diz governo
MOGADÍSCIO (Reuters) - Dois ataques aéreos conjuntos de Somália e Estados Unidos mataram 12 militantes do al Shabaab na região central da Somália e destruíram um navio que transportava armas para o grupo ligado à Al Qaeda, informou o governo somali nesta quinta-feira, após os recentes avanços dos islâmicos.
Os ataques aéreos ocorreram horas depois que os islâmicos atacaram a cidade estratégica de Adan Yabal, que fica a cerca de 245 km ao norte da capital, Mogadíscio.
O Al Shabaab vem promovendo uma insurgência desde 2007, buscando tomar o poder e governar com base em sua própria interpretação estrita da lei islâmica, e vem ganhando terreno desde o mês passado.
Vários combatentes de alto escalão do al Shabaab estavam entre os mortos em um ataque aéreo realizado pelas forças somalis e pelo Comando dos EUA para África (Africom) no distrito de Adan Yabal na noite de quarta-feira, informou o governo da Somália.
"O ataque direcionado atingiu um local usado pelos militantes como reunião e esconderijo", disse o Ministério da Informação em um comunicado na plataforma de mídia social X, acrescentando que nenhum civil foi morto no ataque.
Um outro ataque aéreo foi realizado pelo governo e pelo Africom a um navio não identificado e sem bandeira e em embarcações menores de apoio que estavam transportando armas para o al Shabaab nas águas da Somália, informou o ministério.
As embarcações foram destruídas e seus ocupantes foram mortos, acrescentou.
Em um incidente separado, na quinta-feira, perto da cidade de Baidoa, no sudoeste do país, o Exército nacional matou pelo menos 35 combatentes do al Shabaab quando eles tentavam atacar uma base militar no local, informou o ministério.
O Al Shabaab capturou brevemente vilarejos a 50 km de Mogadíscio no mês passado, aumentando o temor entre os moradores da capital de que a cidade poderia ser alvo.
As forças somalis recapturaram os vilarejos que foram brevemente tomados no mês passado, mas o al Shabaab continuou a avançar na zona rural, levando o governo a enviar policiais e guardas prisionais para apoiar os militares, disseram soldados à Reuters.
(Por George Obulutsa)
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