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Twitter vai apagar mensagens falsas sobre as vacinas contra Covid-19

17/12/2020 05h58

O Twitter anunciou que vai exigir que os usuários apaguem publicações falsas sobre as vacinas contra a Covid-19 a partir da próxima semana, como devem fazer também o Facebook e o YouTube. 

"Em uma pandemia, a informação errada sobre as vacinas representa um desafio sanitário importante e crescente, e todos temos um papel a desempenhar", informou a equipe de segurança da rede social em um blog ao anunciar a medida nesta quarta-feira (16).

O Twitter pedirá aos seus usuários que apaguem as informações complotistas, sugerindo que as vacinas são usadas para prejudicar ou controlar as populações, tenham supostos efeitos colaterais ou ainda mensagens que questionem a existência da Covid-19 e a necessidade de se vacinar.

Os usuários terão que apagar os tuítes para poder publicar novas mensagens. A partir do início de 2021, o Twitter planeja colocar advertências embaixo de mensagens que contenham rumores infundados, informações incompletas ou fora de contexto sobre as vacinas.

A plataforma já aplica regras à desinformação sobre o coronavírus, mas até agora não tinha anunciado medidas específicas sobre conteúdo relacionado às vacinas. Vários países, inclusive o Reino Unido, os Estados Unidos e o Canadá iniciaram campanhas de vacinação. A União Europeia deve começar a imunizar sua população em breve.

Em outubro, quando as vacinas estavam em fase de testes clínicos, o YouTube e o Facebook também anunciaram um reforço na moderação para impedir a publicação de informações erradas sobre as imunizações, que prejudiquem a campanha.

EUA registram novo recorde de casos

Os Estados Unidos registraram mais de 3.700 mortes e 250.000 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, um recorde duplo desde o início da pandemia, de acordo com os dados oficiais da universidade Johns Hopkins.

O país registrou crescimento importante no número de infecções no último mês. Atualmente, cerca de 113.000 pessoas estão hospitalizadas por causa do vírus, de acordo com dados do Departamento de Saúde.

É a terceira vez que os Estados Unidos superam a barreira dos 3.000 óbitos diários em uma semana. O recorde anterior foi no último mês de abril, durante o período mais violento da primeira onda da pandemia.

 As autoridades sanitárias esperavam um surto de casos após as comemorações do feriado de Ação de Graças, há três semanas. A imensa campanha de vacinação lançada na segunda-feira (14) nos Estados Unidos, com as primeiras injeções do produto criado pela Pfizer/BioNTech, não será capaz de frear a atual onda de contaminações, segundo os especialistas, já que é necessário que a maior parte da população esteja imunizada para que isto ocorra, o que levará meses.

(Com informações da AFP)