Chuvas causam nova cheia do rio Sena e enchentes na França
As fortes chuvas da última semana continuam a provocar enchentes e transtornos na região de Lot-et-Garonne, no sudoeste francês, onde cerca de 90 pessoas tiveram de deixar às pressas as suas casas e uma idosa morreu. Em Paris, a alta do rio Sena levou à proibição da circulação de barcos e do tráfego de veículos e pessoas nas margens de um dos principais cartões-postais da cidade.
A água já subiu 4,3 metros e inundou a orla em várias partes da capital, como em frente à torre Eiffel ou na área central, próximo à catedral de Notre Dame. Os moradores de barcos ancorados nas margens do Sena tiveram de deixar as residências por precaução. Túneis que cruzam o rio também foram fechados.
As previsões não são animadoras para os próximos dias. Depois de uma curta trégua, fortes chuvas devem retornar neste fim de semana.
O problema é recorrente nesta época do ano na região parisiense. Na última cheia, em 2018, o rio que corta Paris subiu 4,85m, durante vários dias. Dois anos antes, havia atingido 6,1m - marca ainda distante da maior cheia da história da cidade, em 1910, quando o Sena subiu 8,62m e causou enormes e duradouros prejuízos à capital.
Mais de 10 metros de cheia do rio Garonne
Em todo o país, 14 departamentos franceses estão em alerta para a possibilidade de enchentes. A situação mais crítica é em Lot-et-Garonne, que enfrenta a pior cheia do rio Garonne em 40 anos. Desde sexta-feira (29), as águas já subiram 10,2 metros, e se aproximam e uma das maiores cheias já registradas, em 1981 (10,56m).
Centenas de casas foram inundadas e pelo menos seis escolas foram fechadas. Em Lot, uma idosa de 80 anos faleceu ao não conseguir deixar a tempo a sua residência, que desabou.
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