Covid-19: protesto contra o passaporte sanitário termina em confronto com a polícia em Bruxelas
Dezenas de milhares de manifestantes vindos vários países europeus participaram neste domingo (23) de uma passeata em Bruxelas, para protestar contra o passaporte sanitário e as restrições para lutar contra a pandemia de Covid-19. Perto da sede da União Europeia, militantes entraram em confronto com policiais.
Segundo as autoridades belgas, cerca de 50 mil pessoas desfilaram nesta que é a maior da série de manifestações realizadas nos últimos meses em Bruxelas. Bandeiras da Holanda, Polônia e Romênia foram exibidas durante o ato.
O clima se deteriorou no final da manifestação, quando o cortejo se aproximou da sede da União Europeia. Segundo a rádio RTL, pessoas com os rostos cobertos quebraram um vidro do escritório europeu das Relações Internacionais.
A polícia tentou afastar os militantes com jatos d'água e bombas de gás lacrimogênio. Muitos atiraram pedras e foguetes contra os policiais.
"Ditadura sanitária"
Os participantes do ato criticaram o que classificam de "ditadura sanitária", mesmo que vários governos europeus venham flexibilizando as medidas anticovid nos últimos dias. Muitos exibiram cartazes contra o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, e contra o passaporte sanitário, mecanismo adotado por boa parte dos países europeus.
Entre os organizadores do evento estão os movimentos World Wide Demonstration for Freedom (Demonstração Mundial pela Liberdade) e Europeans United for Freedom (Europeus Unidos pela Liberdade) que militam contra as restrições anticovid.
"O que vem acontecendo desde 2020 permitiu que as pessoas acordassem", declarou a francesa Francesca Fanara, participante da marcha. O português Adolfo Barbosa se disse feliz ao ver pessoas de toda a Europa reunidas contra a "ditadura sanitária".
Países europeus relaxam restrições
A passeata ocorre em um momento em que vários países europeus flexibilizam as medidas anticovid, apesar da rápida propagação da variante ômicron. Segundo a Agência de Saúde Europeia, essa linhagem do coronavírus se tornou dominante na União Europeia e em todo o espaço econômico do bloco.
A ômicron continua provocando recordes de contaminação em toda a Europa. Na semana passada, a França registrou mais de 525 mil contaminações em apenas um dia. No entanto, o governo aposta em um fim iminente da pandemia e anunciou o relaxamento de algumas restrições a partir de 2 de fevereiro.
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