Agência Europeia analisa vacina contra Covid-19 para crianças de seis meses a cinco anos
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA na sigla em inglês) iniciou, nesta quinta-feira (5), a avaliação do uso da Spikevax - a vacina da Moderna contra a Covid-19 para menores entre 6 meses e 5 anos. Crianças dessa idade ainda não podem ser imunizadas e são vetores na transmissão da doença, que se dissemina rapidamente em creches e pré-escolas.
Em uma coletiva de imprensa, o chefe da estratégia de vacinação da EMA, Marco Cavaleri, disse que este será o primeiro imunizante que será avaliado para essa faixa etária.
O laboratório americano Moderna já entrou com um pedido similar nos Estados Unidos na semana passada. Testes mostraram que suas injeções eram seguras e causaram uma forte resposta imunológica.
As crianças parecem ser menos vulneráveis ao vírus em relação aos adultos, mas estão expostas à Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (MIS-C), uma doença rara que provoca inflamação intensa dos vasos sanguíneos e outras complicações cardíacas, intestinais, cerebrais, ou ainda insuficiência renal.
Há também poucos dados sobre o Covid longo em crianças ou outras sequelas provocadas por formas mais leves descritas na população adulta. Em fevereiro, a EMA já havia aprovado o uso da vacina anticovid da Moderna para crianças maiores de 6 anos em 27 países da União Europeia.
A versão pediátrica da vacina concorrente, da Pfizer, está disponível na França desde dezembro, mas a adesão foi pequena: a estimativa é de que apenas 10% das crianças nessa faixa etária tenha recebido uma injeção no país.
Quarta dose
A Agência Europeia de Medicamentos também informou que ainda "é muito cedo para decidir aplicar a quarta dose das vacinas a base de RNA mensageiro na população geral". Em abril, as autoridades sanitárias da UE aprovaram o reforço extra do imunizante da Moderna e da Pfizer para pessoas maiores de 80 anos.
A agência também lembrou da importância da vacinação contra a Covid-19, que "permitiu salvar cerca de meio milhão de pessoas de mais de 60 anos na Europa".
"Milhões de contaminações são contabilizadas diariamente", lembrou a agência, acrescentando que a epidemia está longe do fim. A Covid-19 provocou a morte de 13 a 17 milhões de pessoas no fim de 2021, de acordo com uma nova estimativa divulgada pela OMS nesta quinta-feira.
(Com informações da AFP)
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