Bombas em pontos de ônibus em Jerusalém matam pelo menos uma pessoa e ferem 14
Pelo menos uma pessoa foi morta e 14 ficaram feridas em duas explosões em pontos de ônibus em Jerusalém nesta quarta-feira (23), disseram autoridades médicas e de segurança. Segundo o ministro da Segurança Pública de Israel, Omer Bar-Lev, as autoridades israelenses estão investigando os dois ataques.
Uma explosão em um ponto de ônibus na saída oeste de Jerusalém matou um homem e feriu 11. Uma outra explosão em outro ponto a cerca de três quilômetros de distância, na direção norte, danificou um ônibus e feriu três pessoas, disseram os hospitais que atendem as vítimas.
As duas explosões ocorreram com meia hora de intervalo, disse a polícia, observando que especialistas em explosivos estavam no local com a polícia e cientistas forenses "coletando evidências e examinando a área em busca de suspeitos".
Um fotógrafo da AFP no local disse que a explosão abriu um buraco em uma cerca de metal atrás do ponto de ônibus, com uma scooter elétrica e um chapéu caídos no chão. O fotógrafo disse que a segunda explosão atingiu a lateral de um ônibus.
O hospital Shaare Zedek, em Jerusalém, indicou que um homem morreu devido aos ferimentos da primeira explosão. Os médicos estavam tratando de outra pessoa em estado crítico, dois gravemente feridos e dois levemente feridos.
O centro médico Hadassah informou que estava tratando seis pessoas feridas na primeira explosão e outras três pessoas levemente feridas na segunda.
'Horrorizado'
O ministro da Segurança Pública Omer Bar-Lev disse que falou com o chefe de polícia e foi "informado sobre os dois ataques em Jerusalém".
O grupo militante palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, elogiou os atentados. "Parabenizamos nosso povo palestino e nosso povo na cidade ocupada de Jerusalém pela heroica operação especial no ponto de ônibus", disse o porta-voz do Hamas, Abd al-Latif al-Qanua.
O embaixador da União Europeia em Israel, Dimiter Tzantchev, disse estar "horrorizado com os ataques terroristas". "Expresso minhas mais profundas condolências à família das vítimas e desejo uma rápida recuperação a todos os feridos. O terror nunca é justificado", escreveu no Twitter.
O ministro da Defesa Benny Gantz estava realizando consultas com o chefe da agência de segurança interna Shin Bet e altos oficiais militares, disse seu gabinete.
A violência aumentou este ano, particularmente na Cisjordânia ocupada, onde o exército israelense lançou ofensivas quase diárias desde uma série de ataques mortais contra alvos israelenses no início deste ano.
Após os ataques a bomba de quarta-feira, os militares israelenses anunciaram que dois postos de controle perto do ponto crítico da cidade de Jenin, na Cisjordânia, foram fechados.
Durante a segunda Intifada, ou levante, no início dos anos 2000, militantes palestinos repetidamente plantaram bombas em pontos de ônibus urbanos, inclusive em Jerusalém.
(Com informações da AFP)
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