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Quase mil crianças imigrantes separadas dos pais durante gestão Trump ainda não voltaram para suas famílias

Abrigo para crianças de imigrantes ilegais em Tornillo, Texas (EUA) - 19.jun.2018 - Mike Blake/Reuters
Abrigo para crianças de imigrantes ilegais em Tornillo, Texas (EUA) Imagem: 19.jun.2018 - Mike Blake/Reuters

03/02/2023 13h58Atualizada em 03/02/2023 14h47

Um total de 998 crianças imigrantes separadas de suas famílias durante o mandato do ex-presidente Donald Trump ainda não se reuniram com seus pais, informou o Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos ontem.

Sob a política de "tolerância zero" colocada em prática por Trump de 2017 a janeiro de 2021, milhares de crianças foram separadas de suas famílias para desencorajar a chegada em massa de imigrantes, a maioria da América Central, à fronteira com o México.

Quando o democrata Joe Biden assumiu a Casa Branca, prometeu uma política migratória "mais humana" e criou um grupo para reunir as crianças que ainda estavam separadas de seus pais.

O Grupo Operacional para o Reencontro Familiar "identificou até o momento 3.924 crianças separadas entre 20 de janeiro de 2017 e 20 de janeiro de 2021", das quais 2.926 reuniram-se com seus pais (incluindo durante o mandato de Trump), informou o DHS em comunicado. Entre as 998 restantes, 148 estão hoje em processo de reunificação familiar.

As condições de alojamento dos menores foram criticadas por ONGs e profissionais.

"Reafirmamos nosso compromisso de trabalhar sem descanso para reunir as outras famílias que sofreram devido à política cruel e desumana anterior, que não refletia os valores da nossa nação", declarou o secretário de Segurança Nacional, Alejandro Mayorkas, citado na nota.

O DHS ressaltou que Mayorkas se reuniu com algumas famílias para "entender melhor suas experiências e necessidades atuais".

Biden propôs um caminho para a cidadania de 11 milhões de imigrantes, em um país que há 35 anos não conta com uma lei desse tipo. Democratas e republicanos, no entanto, não chegam a um acordo sobre uma reforma migratória.

(Com informações da AFP)