Topo

Esse conteúdo é antigo

Atentado a bomba contra jornalistas mata um homem e deixa oito feridos no Afeganistão

12.mar.2023 - Jornalistas feridos são transferidos em um veículo para um hospital, em Mazar-i-Sharif, no Afeganistão, após a explosão de uma bomba em um evento comemorativo da mídia.  - Atif Aryan/AFP
12.mar.2023 - Jornalistas feridos são transferidos em um veículo para um hospital, em Mazar-i-Sharif, no Afeganistão, após a explosão de uma bomba em um evento comemorativo da mídia. Imagem: Atif Aryan/AFP

Da RFI

12/03/2023 16h11Atualizada em 12/03/2023 16h52

Uma bomba explodiu durante uma homenagem a jornalistas na cidade de Mazar-i-Xarif, ao norte do Afeganistão, deixando um morto e oito feridos. O atentado foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico neste domingo (12).

Um guarda morreu, cinco jornalistas e três crianças ficaram feridos pela explosão de uma pacote-bomba em um centro cultural no sábado (11). Dentro do prédio era realizado um evento em comemoração ao Dia Nacional dos Jornalistas.

O ataque aconteceu dois dias após um homem-bomba, ligado ao grupo EI, matar o governador do Talibã da província de Balkh.

"A explosão teve como alvo uma reunião em um centro xiita para recompensar vários jornalistas que trabalham para agências envolvidas na guerra contra o Estado islâmico", afirmou o grupo EI em comunicado.

Até a retomada do poder pelos talibãs, os jornalistas afegãos eram alvos frequentes de ataques reivindicados pelo grupo Estado Islâmico.

Governador assassinado

A explosão ocorreu dois dias depois do assassinato do governador da província de Balkh em Mazar-i-Xarife.

Mohammad Dawood Muzammil foi morto quinta-feira em um ataque suicida em seu escritório por um combatente do EI que "correu em sua direção, detonando seu cinturão explosivo", alegou o grupo EI em uma declaração emitida pelo Amaq.

O retorno do Talibã ao poder terminou duas décadas de guerra contra as forças da Otan e dos EUA, mas desde o ano passado, o EI se tornou o principal inimigo do governo.

Ambos os grupos compartilham uma ideologia islâmica sunita austera, mas o grupo EI luta para estabelecer um "califado" global, enquanto o Talibã pretende um regime nacionalista.

(Com informações da AFP)