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EUA pedem que americanos em Israel evitem viagens no país após ataque no Irã

Imagem: ATTA KENARE / AFP

19/04/2024 04h54Atualizada em 19/04/2024 06h48

A embaixada dos Estados Unidos em Israel ordenou na manhã desta sexta-feira (19) a seus funcionários e suas famílias a limitarem as viagens dentro do país. A advertência ocorre horas depois de várias explosões serem registradas no centro do Irã, inimigo de Tel Aviv.

Os Estados Unidos atribuem as detonações a um ataque israelense, em retaliação aos envios de drones e mísseis contra Israel no fim de semana passado. Nesta manhã, Teerã afirma ter abatido drones sobre o seu território.

O serviço diplomático americano indica, em seu site, que "funcionários do governo dos EUA e membros das suas famílias" não podem viajar "por motivos pessoais" para fora das principais cidades de Tel Aviv, Jerusalém e Beersheba.

Este aviso de segurança, válido "até nova ordem", significa que os americanos não podem ir para o norte do país, perto da fronteira com o Líbano, onde o exército israelense e o Hezbollah trocam tiros quase diariamente desde outubro.

Em geral, os cidadãos dos EUA devem permanecer "cautelosos" porque "os incidentes de segurança ocorrem frequentemente sem aviso prévio". "A situação de segurança continua complexa e pode mudar rapidamente", lembra a embaixada, acrescentando que, dependendo das circunstâncias, as restrições poderão estender-se a "outras regiões de Israel (incluindo a Cidade Velha de Jerusalém) e à Cisjordânia ocupada".

Austrália pede para cidadãos deixarem região

Já a Austrália pediu nesta sexta-feira para seus cidadãos deixarem Israel e os Territórios Palestinos, em meio ao aumento do temor de uma regionalização do conflito entre Israel e o grupo Hamas.

Citando uma "forte ameaça de retaliação militar e ataques terroristas", Camberra "exorta os australianos em Israel e nos territórios palestinos ocupados a saírem, se tiverem a certeza de que podem fazer isso com segurança", escreveu o Ministério das Relações Exteriores, em uma nota.

"Os ataques militares podem resultar no fechamento do espaço aéreo, cancelamentos de voos, desvios e outras perturbações de viagens", explicou.

A Austrália já tinha pedido aos seus cidadãos para evitarem estas duas áreas e, se estivessem preocupados, para saírem das regiões.

Guterres teme "conflito regional generalizado"

Os disparos israelenses também tiveram como alvo uma posição militar no sul da Síria na sexta-feira, disse o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

"Os ataques israelenses visaram uma posição de radar do exército sírio entre as províncias de Soueida e Daraa", informou Rami Abdel Rahman, diretor desta ONG sediada no Reino Unido, que conta com uma vasta rede de fontes na Síria. Rayan Maarouf, ativista e diretor do veículo online Suwayda 24, também relatou estes ataques.

"Estamos à beira de uma guerra no Médio Oriente que irá se repercutir no resto do mundo", sublinhou o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, na quinta.

"O Oriente Médio está à beira do precipício. Nos últimos dias, assistimos a uma escalada perigosa, por palavras e ações", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres. "Um erro de cálculo, uma falha de comunicação, um erro, poderia levar ao impensável, a um conflito regional generalizado que seria devastador para todos os envolvidos e para o resto do mundo", acrescentou, ao pedir mais uma vez por um cessar-fogo em Gaza.

Enquanto isso, na ONU, os Estados Unidos vetaram na quinta-feira uma resolução redigida pela Argélia que pedia a adesão plena da Palestina às Nações Unidas. O movimento islâmico palestino Hamas, no poder na Faixa de Gaza e considerado uma "organização terrorista" por Israel, pela União Europeia e pelos Estados Unidos, condenou o veto americano, assim como a Autoridade Palestina.

Com informações da AFP

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