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'Situação inédita': premiê alerta que chuvas 'devastadoras' ainda podem fazer mais mortes

Uma foto tirada em Picanya, perto de Valência, leste da Espanha, em 30 de outubro de 2024, mostra carros empilhados em uma rua após enchentes Imagem: JOSE JORDAN/AFP

30/10/2024 09h11

Ao menos 62 pessoas morreram nas inundações provocadas pelas chuvas torrenciais que atingem a região de Valência, no sudeste da Espanha. As imagens de torrentes de água invadindo as ruas, arrastando pessoas e carros são impactantes. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, manifestou o apoio total do Estado aos sinistrados, mas alertou que este episódio "devastador" pode não ter terminado.

Ao menos 62 pessoas morreram nas inundações provocadas pelas chuvas torrenciais que atingem a região de Valência, no sudeste da Espanha. As imagens de torrentes de água invadindo as ruas, arrastando pessoas e carros são impactantes. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, manifestou o apoio total do Estado aos atingidos, mas alertou que este episódio "devastador" pode não ter terminado.

Em um curto discurso transmitido pela televisão nesta quarta-feira (30), gravado na sede do governo, em Madri, Sánchez pediu aos residentes da região que permaneçam vigilantes diante das inundações excepcionais.

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O premiê, que retornou de uma viagem à Índia, presidirá uma reunião do comitê de crise para monitorar a situação.

"Estou acompanhando de perto e com preocupação as informações sobre as pessoas desaparecidas e os danos causados" pela tempestade, escreveu Sánchez na rede social X, instando a população a seguir as recomendações das autoridades.

Os serviços de emergência de Valência informaram na rede social X que "o processo de identificação das vítimas está começando". O primeiro balanço realizado pelos diversos órgãos e as forças de segurança envolvidos nas operações de emergência apontava um número provisório de 51 vítimas fatais, mas logo a lista aumentou.

Chuvas torrenciais e fortes ventos atingem o sul e leste da Espanha desde o início da semana, provocando inundações em Valência e na região da Andaluzia. Algumas áreas da comunidade administrativa valenciana, que reúne as cidades de Valência, Alicante e Castellón, permaneciam sem serviço de telefonia e energia elétrica nesta quarta-feira.

Alguns pontos da região estavam inacessíveis, devido ao alagamento das estradas, relatou o presidente regional, Carlos Mazón. Os sistemas de transporte ferroviário e aéreo também foram gravemente afetados.

"Reiteramos a importância de não fazer deslocamentos por estrada nas províncias afetas na região de Valência", insistiu Mazón nesta quarta-feira.

Há dezenas desaparecidos, segundo o jornal El País, que também cita 150 mil pessoas sem energia elétrica. Alguns povoados permanecem isolados e moradores enviam pedidos de socorro pelas redes sociais. Muitos habitantes de zonas inundadas estão presos no segundo andar de suas casas, já que a parte inferior continua repleta de água.

"Desolados"

O Congresso espanhol respeitou um minuto de silêncio nesta quarta-feira em homenagem às vítimas.

"Desolados com as últimas notícias (...) Nossos mais sinceros pêsames aos parentes e amigos dos mais de 50 mortos. Força, ânimo e todo o apoio necessário para todos os afetados", afirmou o rei Felipe 6° e sua família, em uma mensagem publicada no perfil da Casa Real na rede social X.

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou uma mensagem de solidariedade ao rei da Espanha.

Em algumas áreas, a quantidade de chuva que caiu em um dia foi equivalente ao que está previsto para um mês, segundo a imprensa local.

"Estamos diante de uma situação inédita, da qual ninguém tem recordação", disse o chefe do governo de Valência.

Com mais de 60 mortos, este é o fenômeno meteorológico com o maior número de vítimas na Espanha desde agosto de 1996, quando torrentes de água, lama e pedras, provocadas por chuvas torrenciais, destruíram o camping "Las Nieves", na localidade de Biescas (província de Huesca), e deixaram 86 mortos.

No continente europeu, este é o episódio com mais vítimas fatais desde julho de 2021, quando as inundações na Alemanha e na Bélgica provocaram mais de 200 mortes e danos avaliados em bilhões de euros.

RFI e AFP

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