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Supertufão leva ondas de 14 m para Filipinas; é a 6ª tempestade em um mês

Grandes ondas na cidade de Legaspi, privíncia de Albay, antes do esperado supertufão Man-yi, em 16 de novembro de 2024 Imagem: CHARISM SAYAT/AFP

16/11/2024 14h20Atualizada em 16/11/2024 14h54

O supertufão Man-yi, que está se intensificando e pode ter um impacto "potencialmente catastrófico" nas Filipinas, tocou o solo do arquipélago neste sábado (16), provocando ondas de até 14 metros de altura, segundo o órgão meteorológico estatal. Mais de 650 mil pessoas deixaram suas casas para evitar o impacto de um fenômeno meteorológico com ventos que, às 21h40 no horário local (10h40 de Brasília), alcançavam 195 km/h no município de Catanduanes, na região de Bicol, em frente a Luzon, a principal ilha filipina.

A sexta grande tempestade a atingir o país em apenas um mês ameaça milhões de habitantes. Pelo menos 163 pessoas morreram nas tempestades anteriores recentes, que deixaram milhares de desabrigados, destruíram colheitas e dizimaram rebanhos.

Man-yi pode atingir Luzon, a ilha mais populosa e motor econômico do país, como supertufão ou tufão na tarde deste domingo. "Percebe-se uma situação potencialmente catastrófica e mortal no nordeste da região de Bicol à medida que o supertufão 'Pepito' continua se intensificando", declarou a agência meteorológica antes de o tufão tocar terra, usando o nome local da tempestade.

O governo pediu para a população seguir as advertências oficiais e procurar abrigo. "Se for necessária uma evacuação preventiva, vamos fazê-lo e não esperar a hora do perigo para evacuar ou procurar ajuda.(...) Colocaríamos em risco não só as nossas vidas, mas também as dos nossos socorristas, disse Marlo Iringan, subsecretário do Interior.

Toque de recolher e evacuações forçadas

Na província insular de Catanduanes, na região de Bicol, assolada pelo tufão, os centros de acolhimento estão lotados e a agência meteorológica alerta para graves inundações e deslizamentos de terra.

Mais de 400 pessoas lotaram o prédio do governo provincial na capital Virac, e os recém-chegados foram enviados para um ginásio, disse à AFP o oficial de prevenção de desastres. Ele anunciou que tinha destacado soldados para forçar cerca de 100 famílias em duas aldeias costeiras perto de Virac rumo ao interior do território, por temer que a tempestade submergisse as suas casas.

"Independentemente do ponto exato de chegada, podem ocorrer fortes chuvas, ventos fortes e tempestades em locais fora da área de chegada prevista", disse a agência meteorológica nacional. O prefeito da cidade de Naga, na província de Camarines Sur, impôs toque de recolher a partir do meio-dia deste sábado, para obrigar os moradores a ficarem em casa.

Tufões mais intensos e mais devastadores

Na província de Samar do Norte, o responsável pelo enfrentamento de catástrofes afirma que os danos provocados pelos tufões aumentam a pobreza na região. "Cada vez que temos um tufão como este, isso nos leva de volta à era medieval", disse.

Todos os navios, desde barcos de pesca a petroleiros, foram obrigados a permanecer no porto ou voltar ao cais. Quase 4.000 pessoas ficaram retidas depois que a guarda costeira fechou 55 portos.

Cientistas afirmam que as mudanças climáticas aumentam a intensidade das tempestades, causam chuvas mais fortes, inundações repentinas e rajadas de vento mais violentas. Todos os anos, cerca de 20 grandes tempestades e tufões atingem o arquipélago ou suas águas, matando dezenas de pessoas, mas é raro que ocorram vários fenômenos climáticos deste tipo em um período tão curto.

Informações da AFP

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