Caça sul-coreano larga bombas por engano perto da fronteira com Coreia do Norte e deixa vários feridos

A Força Aérea sul-coreana admitiu nesta quinta-feira (6) que um de seus caças de combate lançou oito bombas por engano durante um exercício de treinamento, deixando pelos menos 15 feridos. O incidente ocorreu por volta das 10h no horário local em Pocheon, situada a 25 quilômetros ao sul da fronteira fortificada com a Coreia do Norte. 

"Oito bombas MK-82 de uso geral foram lançadas por um avião KF-16 da Força Aérea, caindo fora da zona designada para o lançamento", afirma um comunicado militar. Segundo um balanço dos bombeiros, quatro pessoas ficaram gravemente feridas e três sofreram lesões leves.

"Lamentamos profundamente o lançamento não intencional das bombas, que resultou em vítimas civis, e desejamos uma rápida recuperação aos feridos", afirmou a Força Aérea sul-coreana no comunicado.

A nota informa a criação de um comitê de resposta para investigar o acidente e aponta que a Força Aérea adotará "todas as medidas necessárias, incluindo a indenização por danos". O avião militar, acrescentou, havia "participado em um exercício conjunto com munição real" com tropas dos Estados Unidos.

O corpo de bombeiros sul-coreano afirmou que as bombas caíram em um vilarejo "durante um exercício conjunto Coreia do Sul-EUA". O incidente resultou em "vítimas e danos materiais, com muitos residentes deslocados", afirmou. Duas casas foram danificadas, segundo o comunicado.

Um morador da área, identificado pelo sobrenome Park, disse à agência de notícias Yonhap que estava em casa assistindo TV quando ocorreu o incidente. "De repente, ouvi uma explosão enorme, como um trovão, e toda a casa tremeu. Quando saí, tudo estava um caos", contou Park.

"Explosão repentina"

A detonação foi sentida em um centro para idosos a um quilômetro de distância do local do acidente. "Uma explosão repentina sacudiu o edifício. As janelas quebraram e um de nossos professores ficou ferido e foi levado ao hospital", disse à Yonhap o diretor do centro, identificado pelo sobrenome Yu.

"Felizmente, nenhum dos internos ficou ferido, mas eles estavam tão assustados que os enviamos para casa", acrescentou. As manobras militares conjuntas Coreia do Sul-Estados Unidos batizadas como "Escudo da Liberdade", que são organizadas a cada ano, devem começar nas próximas semanas.

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O governo norte-americano mantém dezenas de milhares de soldados mobilizados na Coreia do Sul, em parte para proteger o país de seu vizinho do Norte, que possui armas nucleares. As duas Coreias permanecem tecnicamente em guerra desde o fim do conflito dos anos 1950, que terminou com um armistício e não com um tratado de paz.

Com informações da AFP

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