Governo francês se preocupa com o envio de SMS com falsa assinatura de Macron

Nem mesmo o presidente francês escapou de ser envolvido em ataques de "smishing", um golpe cada vez mais comum por meio de mensagens de celular. A repercussão sobre o recebimento de SMS assinados pelo chefe de Estado foi tão grande nesses últimos dias que a sede da presidência francesa se viu obrigada a vir a público na sexta-feira (14). 

"Envie-me agora uma mensagem pelo aplicativo Signal. Meu número é ... Obrigado, Emmanuel Macron". Foi com esse SMS que várias pessoas foram abordadas nos últimos dias na França, o que suscitou uma reação das autoridades do país. 

"Você já recebeu esse tipo de mensagem?", pergunta um post do Palácio do Eliseu na rede social X junto com uma imagem de um SMS falsamente assinado por Macron. Na publicação, a sede da presidência francesa explica que essa é uma tentativa de golpe que se popularizou na França nos últimos anos. 

Também enviado por e-mail, esse tipo de mensagem tem o objetivo de manipular o destinatário a clicar em um link que o incita a compartilhar dados pessoais e bancários. A estratégia apela à emoção das pessoas, levando-as a acreditar que estão em comunicação com um familiar, uma pessoa próxima ou autoridades, neste caso, o presidente francês. 

No SMS em questão, enviado aos milhares nos últimos dias, um número de celular é exibido como se fosse o do chefe de Estado francês. "Trata-se de uma enganação", reitera o Palácio do Eliseu no X.

A sede da presidência francesa expressa a sua preocupação com o fato de a mensagem estar assinada com o nome de Macron, o que poderia incitar um núpero maior de pessoas a cair no phishing, na esperança de se comunicar com o líder centrista. 

"Jamais cliquem em um link duvidoso, verifiquem sempre o número de quem o enviou e nunca compartilhem suas informações pessoais", sublinha o Palácio do Eliseu.

Repercussão nas mídias

As mensagens falsamente assinadas pelo presidente francês também ganham forte repercussão nas mídias neste fim de semana. O site do jornal regional Ouest France aproveita a polêmica para aconselhar seus leitores: "Se receberem um SMS de Macron, não respondam". A matéria ainda faz um alerta sobre uma situação pode parecer óbvia: "Evidentemente, o presidente não é o autor dessas mensagens".

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A estratégia vem se multiplicando na França, atualmente utilizando assinaturas até de ministérios e órgãos da administração francesa. Em outubro de 2024, um endereço de e-mail verdadeiro da plataforma que fabrica carteiras de identidade no país chegou a ser usado com o objetivo de incitar internautas a fornecer dados pessoais. 

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