Dilma dá prazo para estudos da Funai sobre índios guaranis e kaiowás
A presidente Dilma Rousseff determinou que a Fundação Nacional do Índio (Funai) conclua em até 30 dias os estudos antropológicos para a demarcação do território onde índios guaranis e kaiowás estão em conflito com fazendeiros, no Mato Grosso do Sul. A informação foi dada nesta terça-feira pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, durante reunião com representantes da Funai e a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.
Cardozo também informou que o governo conseguiu derrubar na Justiça decisão liminar que previa a reintegração de posse da área ocupada pelos índios, na ação ajuizada pelo proprietário da fazenda Remanso Guaçu. Os índios guaranis e kaiowás ocupam a região há oito anos e reivindicam o direito à permanência com o reconhecimento da ancestralidade dos indígenas.
O ministro também informou que um efetivo extra da Força Nacional de Segurança está sendo deslocado para a região. Diversos conflitos têm ocorrido no local. Na última semana quase 200 indígenas anunciaram que descumpririam a decisão judicial que os obrigaria a deixar a área ocupada.
Diante de supostas ameaças de mortes e denúncias de crimes e abusos cometidos contra os indígenas, a ministra Maria do Rosário pediu durante o encontro que as autoridades federais investiguem as possíveis ocorrências contra a comunidade.
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