Figueiredo: não podemos apoiar uso da força a Síria sem aval da ONU
O chanceler Luiz Alberto Figueiredo Machado defendeu, nesta segunda-feira (2), uma solução política para a situação na Síria e, sem mencionar expressamente os Estados Unidos, criticou a possibilidade de um ataque unilateral. "Não podemos apoiar o uso da força sem a autorização expressa do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse Figueiredo Machado.
No sábado, o presidente dos EUA, Barack Obama, defendeu uma ação armada contra o ditador Bashar al-Assad, mas ele afirmou que só dará a ordem para atacar após aprovação do Congresso americano.
Segundo o chanceler brasileiro, o uso da força nas relações internacionais está previsto como último recurso e apenas em duas circunstâncias: para a autodefesa e no caso de uma determinação especifica do Conselho de Segurança da ONU.
Ele frisou que, em relação à Síria, nenhuma dessas situações se verifica. "Portanto, qualquer ação de uso da força feita fora desse quadro será, para nós, uma violação do direito internacional", declarou o chanceler. Ele também disse que o uso de armas químicas "é intolerável" e que a comunidade internacional está esperando a conclusão do relatório de um grupo de peritos da ONU, que visitou a Síria, sobre a questão.
De acordo com ele, o Conselho de Segurança da ONU está "paralisado" nessa questão, o que seria mais um sinal da necessidade das reformas defendidas pelo Brasil.
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