PT deve ter 12 candidatos próprios aos governos estaduais nas eleições
O PT deve ter 12 candidatos próprios aos governos estaduais e apoiar o PMDB em até nove Estados, segundo balanço apresentado pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, na reunião do diretório do partido, nesta quinta-feira, 20, em Brasília.
Apesar da candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), os governadores do Amapá, João Capiberibe (PSB), e Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), também vão receber apoio dos petistas.
No encontro o PT aprovou resolução para reafirmar que a decisão final sobre as coligações estaduais vai ser do diretório nacional - para enquadrar os grupos que defendem candidatura própria onde a cúpula prega aliança com o PMDB.
Os petistas já definiram candidatura própria ao governo em 10 Estados e no Distrito Federal: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Piauí, Bahia, Acre, Paraná, Mato Grosso do Sul, Roraima e no Distrito Federal.
PMDB
O PT também pretende concorrer ao governo de Goiás se o candidato do PMDB for o empresário Júnior da Friboi. Neste caso, o partido lançaria o atual prefeito de Anápolis, Antônio Gomide (PT). Mas os petistas aceitam retirar a candidatura se o escolhido pelos pemedebistas for o ex-governador Íris Rezende.
Segundo o balanço apresentado por Falcão, os pemedebistas vão receber apoio do PT em pelo menos sete Estados: Amazonas, Pará, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Mato Grosso e Tocantins.
A vontade da cúpula nacional é a de que seja feita aliança também no Maranhão, com o candidato apoiado pela família Sarney, e em Rondônia, mas isso ainda será discutido nos diretórios locais.
PSD
Além de PMDB e PSB, o PT já praticamente selou apoio ao PTB, em Pernambuco, ao Pros, no Ceará, e ao PSD, no Rio Grande do Norte.
O PSD do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, primeiro partido a declarar apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff, ainda pode receber apoio em Santa Catarina para a reeleição do governador Raimundo Colombo - composição rejeitada pelo diretório local, que quer candidatura própria.
Para o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), o balanço das alianças mostra que há um equilíbrio na relação com os aliados, apesar da reclamação dos pemedebistas sobre a falta de apoio dos petistas nos Estados. "Comparativamente a 2010 [quando o PT apoiou o PMDB em 10 Estados], temos quase o mesmo quadro", afirmou.
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