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Muçulmanos negam que autor de massacre no Rio seja islâmico ou tenha vínculos com a religião

Renata Giraldi<br>Da Agência Brasil<br>Em Brasília

07/04/2011 15h37

O presidente da União Nacional das Entidades Islâmicas do Brasil, Jamel El Bacha, negou nesta quinta-feira (7) que o atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, que atacou estudantes e funcionários de uma escola municipal no Rio de Janeiro, tenha vínculos com a representação e a religião muçulmana. Em nota oficial, a entidade condenou o crime e chamou o ato de “insano e inexplicável”.

“[Em relação às informações sobre] uma possível vinculação desse cidadão com a religião islâmica, depois desmentidas [por pessoas próximas a Oliveira], reafirmamos que ele não é muçulmano e não tem qualquer vínculo com as mesquitas e sociedades beneficentes mantidas pela comunidade em todo o Brasil”, diz a nota oficial.

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Citando o livro sagrado do islamismo, o Alcorão, o presidente afirmou que os “princípios do Islã” pregam a conduta pacífica de seus adeptos e exigem dos seguidores uma “postura absolutamente diversa à que algumas pessoas querem de forma precipitada atribuir à religião e a seus adeptos”.

“Quem tirar a vida de uma pessoa inocente é como se tivesse assassinado toda a humanidade, diz o Alcorão Sagrado”, informa a nota. “Estamos direcionando todas as nossas orações para as vítimas desse brutal ato de violência contra inocentes crianças e para os seus familiares.”

Na manhã de hoje Oliveira, que é ex-estudante da escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio, chegou ao colégio e se apresentou como palestrante. Em seguida, ele seguiu em direção aos primeiros andares do prédio principal e saiu atirando contra estudantes e funcionários. Os últimos dados indicam 11 mortos e 13 feridos.

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