Polícia usa bala de borracha e bomba de gás para dispersar passeata no centro de São Paulo
Uma manifestação "pela liberdade de expressão" supostamente em substituição à “Marcha da Maconha”, na cidade de São Paulo, foi marcada na tarde deste sábado (21) pela confusão entre participantes e policiais. Proibida pela Justiça ontem (20) à noite, a Marcha, com outro mote --mas cartazes também alusivos à droga --, chegou a reunir cerca de mil adeptos pela avenida Paulista, segundo os organizadores, e desceu rua da Consolação até a praça Roosevelt, no centro da capital.
Na decisão de ontem, o desembargador Teodomiro Mendez, da 2.ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), atendeu ação movida pelo Ministério Público Estadual, que vê no movimento crime de indução ou instigação ao uso de drogas. Os organizadores prometeram adaptar a manifestação para um ato em prol da liberdade de expressão --o que em parte ocorreu, uma vez que, entre os cartazes com esse tipo de mensagem, havia também aquelas em defesa da droga.
Para um dos organizadores da passeata, Marco Magri, “a polícia descumpriu o combinado” --menção ao trajeto acordado ontem entre as partes para o ato em defesa da liberdade de expressão. “Porque o que estávamos realizando era isso: uma passeata pela liberdade de expressão”, argumentou.
Os policiais tentaram dispersar o grupo com bombas de gás e balas de borracha. Vários participantes pararam no meio do caminho para comprar água e lavar os olhos. O enviado do UOL Notícias não conseguiu contato no local com representantes da PM. Seis pessoas foram detidas, 0encaminhadas ao 78º DP (Distrito Policial) e liberadas no início da noite após assinarem termo circunstanciado.
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