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Presos fogem por buraco do vaso sanitário de cadeia pública em Caraúbas (RN)

Elendrea Cavalcante

Do UOL, em Natal

11/11/2012 14h24

Oito detentos da Cadeia Pública do município de Caraúbas (296 km de Natal) fugiram, na madrugada deste domingo (11), depois de expandirem o buraco do vaso sanitário de uma das celas e cavarem um túnel. Até o início desta tarde, nenhum havia sido recapturado.

A fuga ocorreu por volta de 1h pela cela seis, do pavilhão B, onde outras tentativas já ocorreram este ano. Pelo buraco do vaso, os presos escavaram um túnel com saída já do lado de fora das dependências da cadeia. “Como não há muro alto, a fuga fica mais fácil”, disse o agente penitenciário André França, de plantão neste domingo.

A Cadeia de Caraúbas possui hoje mais de 150 presos amontoados, pois tem capacidade para receber apenas 90. Uma das evidências de que a fuga desta madrugada era planejada para ocorrer em massa são as grades cerradas das demais celas para o acesso ao pavilhão B.

A fuga do local só não foi maior, devido a um funcionário da guarita da cadeia notar a movimentação e disparar sua arma para chamar a atenção do resto dos funcionários. Fugiram os detentos Francisco Maia, Francisco Oliveira, Lucas Pereira, Francisco Wendel Carneiro, Leonardo Tomaz de Aquino, Luciedson Soares Silva, Edvaldo Ferreira da Silva, Ikaro Mikael da Silva.

Dentre eles, há detentos condenados por tráfico, homicídio e assalto. Desde a madrugada, a polícia faz vistoria pela região em busca dos foragidos. O agente penitenciário França reforçou que na quinta-feira (8) foi feita uma vistoria nas celas e nos presos, mas nada anormal foi detectado. “Acreditamos que eles tenham aberto este túnel depois da nossa vistoria. E foi uma coisa muito rápida”.

Ele acrescentou que, devido à fragilidade da estrutura, outras tentativas de fuga ocorreram no local este ano, mas foram interceptadas. No dia 30 de junho deste ano, policiais militares evitaram uma fuga após receberem denúncia anônima de que havia, neste mesmo pavilhão por onde os detentos fugiram hoje, o B, um túnel já aberto, mas camuflado pelos presos com baldes d’água.