Preso, ex-deputado conhecido como 'assassino da motosserra' é hospitalizado no Acre
Acusado de comandar um grupo de extermínio na década de 90 e de autorizar a morte de um homem usando uma motosserra, o ex-deputado federal e ex-coronel da Policia Militar estadual Hildebrando Pascoal, 60, foi internado na noite deste domingo (11) na unidade de pronto-atendimento de Rio Branco.
Hildebrando chegou reclamando de fortes dores e disse sentir febre alta. Ele precisou ser carregado pelos policiais para conseguir sair da ambulância. Na unidade de saúde recebeu medicação e foi internado para observação médica. O quadro clínico se manteve, e ele foi enviado para outra casa de saúde pública para realização de exames.
O “assassino da motosserra”, como ficou conhecido, sente dores lombares após uma queda em julho deste ano, na maca de ambulância, no momento em que era transportado do hospital para o presídio. O preso estava algemado e imobilizado e retornava de uma sessão de fisioterapia quando, numa curva, caiu da maca.
De acordo com os médicos, Hildebrando Pascoal deve ficar hospitalizado até amanhã (12) e continuará sendo escoltado pela guarda militar do Estado. Melhorando, deve retornar ao presídio estadual de segurança máxima Antônio Amaro, onde tem uma cela especial, adaptada. A unidade prisional não tem instalações adequadas para realizar procedimentos de emergência e saúde aos detentos.
Hildebrando Pascoal, preso desde 1999, tem vivido uma rotina de idas e vindas entre o presídio e o hospital, em virtude da saúde debilitada. Somente neste ano ele ficou cerca de quatro meses internado. Segundo os médicos, Pascoal é hipertenso, diabético, sofre de osteoartrose e hérnia de disco. Tem ainda histórico de claustrofobia – crises em locais fechados e pequenos.
Hildebrando é acusado de liderar um grupo de extermínio no Acre e integrar esquema de crime organizado para tráfico de drogas e roubo de cargas (que atuaria também no Maranhão). Já foi condenado por tráfico, tentativa de homicídio e corrupção eleitoral. Tem condenações de cem anos de cadeia.
De acordo com investigações do Ministério Público Estadual, ele usou a patente militar para chefiar o crime organizado no Estado, e todos os assassinatos de que é acusado foram violentas. Entre elas a de Agílson Firmino dos Santos, o “Baiano”, morto em 1996.
Antes de levar tiros na cabeça, Baiano foi torturado e teve braços e pernas amputados em vida com uso de motosserra. Ele havia dado fuga ao assassino do tenente da PM Itamar Pascoal, irmão de Hildebrando.
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