Resgate demorou para socorrer bebê que morreu em creche de SP, dizem funcionários à polícia
Rafael Azevedo Gonzaga de Matos Guilharmati, de cinco meses, que morreu na tarde de terça-feira na creche do Colégio Maria José, região central de São Paulo, teve de ser levado para o pronto-socorro de táxi porque a previsão de chegada de uma ambulância dos bombeiros foi de cerca de 10 min. A informação está registrada no boletim de ocorrência pela Polícia Civil. Era o segundo dia em que o bebê frequentava o local.
Funcionários do colégio informaram à Polícia Civil que Rafael teria engasgado após tomar uma mamadeira com leite. A enfermeira da creche foi chamada e acionou o resgate, além de prestar o primeiro socorro ao bebê. Como a ambulância demorou, eles se dirigiram até a AMA Barra Funda de táxi.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, o bebê chegou ao pronto-socorro às 13h55 desacordado e com parada cardiorrespiratória. Os médicos tentaram reanimá-lo sem sucesso.
A pediatra Walkyria Aparecida Pereira do Hospital Cândido Fontoura afirma que já viu casos semelhantes de bebês que morreram por asfixia provocada pelo vômito. "Nesta idade a criança já consegue se movimentar bastante, o que exige atenção redobrada para que ela não vire de barriga para cima após ser amamentada, uma vez que quando isso ocorre ela pode regurgitar e ficar sem ar".
O advogado João Ibaixe, que representa o colégio, afirmou que a mãe da criança informou que o bebê não tinha nenhum problema de saúde pré-existente quando preencheu a ficha de matrícula.
Segundo ele, Rafael teve sintomas de refluxo gastrointestinal, doença na qual o alimento ingerido volta do estômago para a boca, e pode provocar a morte por asfixia. Ibaixe não soube informar para qual serviço de resgate a enfermeira telefonou.
O Corpo de Bombeiros ainda apura se houve um chamado para ocorrência no local.
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