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Juiz do RS decide prorrogar prisões de músicos e donos da boate Kiss por mais 30 dias

Rodrigo Bertolotto<br>Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

01/02/2013 11h45Atualizada em 01/02/2013 13h11

A Justiça de Santa Maria (301 km de Porto Alegre) decidiu nesta sexta-feira (1º) prorrogar por mais 30 dias a prisão dos músicos e dos sócios da boate Kiss, onde aconteceu o incêndio que matou 236 pessos em Santa Maria (RS), segundo decisão do juiz Régis Adil Bertolini.

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Acabava hoje o prazo das prisões temporárias de Elissandro Callegari Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffmann, sócios na boate, e de dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, que se apresentava no local no dia da tragédia e pode ter iniciado o incêndio com o uso de um sinalizador.

O pedido de prorrogação das prisões foi feito ontem pela Polícia Civil e recebeu parecer favorável do Ministério Público. Para a polícia, a medida se justifica, entre outros argumentos, porque ainda não foram tomados todos os depoimentos e porque haveria risco de fuga dos presos.

Para os promotores criminais Waleska Agostini e Joel Dutra, a prisão temporária deve ser prorrogada não por cinco dias, conforme o padrão estipulado em lei, mas por 30, tendo em vista, segundo o MP, que há evidências de crime de homicídio qualificado, doloso, “tendo os representados assumido o risco de produzir como resultado a morte de mais de 200 pessoas, por meio de asfixia”, diz trecho da manifestação do MP.

“Estamos diante, portanto, por ora, de crime de homicídio qualificado, o qual é considerado crime hediondo”, definem os promotores.

Segundo a assessoria da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, os delegados do caso trabalham na tomada de depoimentos --até ontem, haviam sido mais de 60 --e devem se manifestar em entrevista coletiva às 17h.

A reportagem tentou contato com os advogados Jader Marques, que representa Spohr, e Mário Cipriani, que defende Hoffmann, mas eles não atenderam os telefonemas.

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