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Haddad compara corte de 20% de gastos da Prefeitura de SP a "dieta"

Fabiana Uchinaka e Karina Yamamoto

Do UOL, em São Paulo

26/02/2013 11h08Atualizada em 26/02/2013 12h41

O prefeito Fernando Haddad (PT) comparou nesta terça-feira (26) a “uma dieta” o corte de 20% nos gastos da Prefeitura de São Paulo, anunciado para o ano de 2013. “É que nem dieta: se você relaxa ao longo do governo, os contratos vão engordando, as empresas não descansam. Porque elas têm gente vigorosa para buscar suas vantagens”, disse. “Se você não fizer a dieta no começo do governo, você termina com que peso?”, indagou, em entrevista dada ao UOL no seu gabinete.

Segundo reportagem da “Folha de S.Paulo” publicada hoje, o petista determinou que seus secretários avaliem quais contratos em vigor podem ser cancelados ou reduzidos em pelo menos 20%.

"É como uma dieta", diz Haddad sobre redução de gastos

De acordo com o jornal, a ordem do prefeito a seu secretariado é para que os cortes abranjam, por exemplo, despesas com telefonia, aluguel de carros e consultorias.

"Se não fizer no primeiro ano, não faz mais. Essas medidas ou você toma no primeiro ano de gestão e cobra o gestor ou não faz mais. Eu não estou dizendo que há espaço para corte, mas você tem que explorar como se tivesse a possibilidade do corte. Talvez ao fim de 90 ou 120 dias, você fala: o espaço é menor do que eu imaginava. Mas você não fazer o esforço para cortar os gastos supérfluos é um erro administrativo."

Sem dizer quais gastos ele considera atualmente supérfluos na máquina municipal, Haddad sinalizou apenas que os contratos terceirizados devem ser revistos. “Temos o dever de tomar providências para buscar economia. Estamos gastando uma fortuna com custeio e nem por isso a população reconhece que a qualidade do serviço melhorou”, disse.

A meta do governo municipal com os cortes é economizar até R$ 1 bilhão. Os secretários têm 15 dias de prazo para afirmar se os contratos serão mantidos ou renegociados. Depois, terão mais 45 dias para resolver a situação.