Ameaça de bomba evacua Ministério da Cultura, em Brasília; Previdência também seria ameaçado
No dia seguinte ao maior protesto de Brasília em uma semana, com mais de 30 mil pessoas, o prédio em que ficam os ministérios da Cultura e do Meio Ambiente foi evacuado na manhã desta sexta-feira (21) por uma ameaça de bomba.
Às 11h49, os bombeiros receberam um chamado sobre uma suposta bomba também no Ministério da Previdência, que fica em outro prédio. Mas, segundo a assessoria de imprensa da pasta, o prédio não foi evacuado porque a ameaça seria na garagem, que fica afastada do prédio principal.
O edifício do Ministério da Cultura foi isolados.
Segundo o Ciad (Central Integrada de Atendimento e Despacho), ligado ao Corpo de Bombeiros, o esquadrão antibombas faz uma varredura no local e três carros dos bombeiros foram enviados para averiguar a situação.
A Polícia Militar não soube informar quantos homens foram enviados ao local. Segundo a PM, houve uma ligação anônima informando a suposta ameaça de bomba.
Saldo do protesto
Durante o protesto de ontem, o Samu fez 55 atendimentos e 12 remoções para hospitais. De acordo com a SSP, os bombeiros atenderam 82 feridos (a maioria por intoxicação por gás). Somados, os feridos chegam a 137. Entre os policiais, houve 10 feridos.
Um homem caiu de um viaduto e morreu, mas, segundo o Samu, não é possível relacionar à morte com os protestos.
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- http://noticias.uol.com.br/enquetes/2013/06/13/voce-e-a-favor-da-repressao-policial-a-manifestantes.js
Houve três prisões, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública): dois foram presos dentro do Itamaraty na hora da invasão e uma pessoa foi presa por jogar pedras na direção dos policiais. Todos foram encaminhados para o 5º DP.
Depredação na Esplanada
O ministério fica na Esplanada dos Ministérios, área que concentrou os protestos nesta quinta-feira e que foi depredada ao final da manifestação.
A manifestação de ontem, que reuniu 30 mil pessoas, foi a maior entre as cinco da última semana.
O protesto foi marcado por alguns atos de vandalismo, como a depredação do Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, que contrastaram com o clima de calmaria da maioria dos ativistas.
Antes de invadir o Itamaraty, os ativistas já tinham tentado entrar no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, mas as sedes do Legislativo e do Executivo estavam protegidas por um cordão de isolamento da Polícia Militar.
Com o aumento do vandalismo, a PM começou a atirar bombas de efeito moral para dispersar a multidão. Alguns manifestantes "retribuíam" jogando pedras sobre os policiais.
O efeito da dispersão foi a subida dos manifestantes pela Esplanada. Ao longo da avenida, vários sinais de vandalismo.
Os manifestantes fizeram uma fogueira no gramado -- e impediram que os bombeiros a apagassem.
O prédio do Ministério da Saúde foi pichado com frases como "chega de ilusão", "cadê a educação" e "respeite o povo". Os prédios dos ministérios da Agricultura e Meio Ambiente também tiveram pichações.
OS PROTESTOS EM IMAGENS (Clique na foto para ampliar)
Manifestante tenta invadir a sede da Prefeitura de São Paulo, na região central da cidade
Carro de TV Record é incendiado em frente à Prefeitura de São Paulo durante protestos
Manifestante corre ao lado de estabelecimento comercial em chamas no centro de São Paulo
PM espirra spray de pimenta em manifestante durante protesto no Rio
Em Brasília, manifestantes conseguiram invadir a área externa do Congresso Nacional
Milhares de manifestantes tomam a avenida Faria Lima, em SP
Após protesto calmo em SP, grupo tenta invadir o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo
Manifestantes tentam invadir o Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Rio
Um carro que estava estacionado em uma rua do centro do Rio foi virado e incendiado
Cláudia Romualdo, comandante do policiamento de Belo Horizonte, posa com manifestantes
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