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Ameaça de bomba evacua Ministério da Cultura, em Brasília; Previdência também seria ameaçado

Prédio em que ficam os ministérios da Cultura e Meio Ambiente é evacuado em Brasília após ameaça de bomba - Kleyton Amorim/UOL
Prédio em que ficam os ministérios da Cultura e Meio Ambiente é evacuado em Brasília após ameaça de bomba Imagem: Kleyton Amorim/UOL

Marina Motomura

Do UOL, em Brasília

21/06/2013 10h35Atualizada em 16/09/2015 14h45

No dia seguinte ao maior protesto de Brasília em uma semana, com mais de 30 mil pessoas, o prédio em que ficam os ministérios da Cultura e do Meio Ambiente foi evacuado na manhã desta sexta-feira (21) por uma ameaça de bomba.

Às 11h49, os bombeiros receberam um chamado sobre uma suposta bomba também no Ministério da Previdência, que fica em outro prédio. Mas, segundo a assessoria de imprensa da pasta, o prédio não foi evacuado porque a ameaça seria na garagem, que fica afastada do prédio principal.

O edifício do Ministério da Cultura foi isolados.

Segundo o Ciad (Central Integrada de Atendimento e Despacho), ligado ao Corpo de Bombeiros, o esquadrão antibombas faz uma varredura no local e três carros dos bombeiros foram enviados para averiguar a situação.

A Polícia Militar não soube informar quantos homens foram enviados ao local. Segundo a PM, houve uma ligação anônima informando a suposta ameaça de bomba.

Saldo do protesto

Durante o protesto de ontem, o Samu fez 55 atendimentos e 12 remoções para hospitais. De acordo com a SSP, os bombeiros atenderam 82 feridos (a maioria por intoxicação por gás). Somados, os feridos chegam a 137. Entre os policiais, houve 10 feridos.

Um homem caiu de um viaduto e morreu, mas, segundo o Samu, não é possível relacionar à morte com os protestos.

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Houve três prisões, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública): dois foram presos dentro do Itamaraty na hora da invasão e uma pessoa foi presa por jogar pedras na direção dos policiais. Todos foram encaminhados para o 5º DP.

Depredação na Esplanada

O ministério fica na Esplanada dos Ministérios, área que concentrou os protestos nesta quinta-feira e que foi depredada ao final da manifestação

A manifestação de ontem, que reuniu 30 mil pessoas, foi a maior entre as cinco da última semana.

O protesto foi marcado por alguns atos de vandalismo, como a depredação do Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, que contrastaram com o clima de calmaria da maioria dos ativistas.

Antes de invadir o Itamaraty, os ativistas já tinham tentado entrar no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, mas as sedes do Legislativo e do Executivo estavam protegidas por um cordão de isolamento da Polícia Militar.

Com o aumento do vandalismo, a PM começou a atirar bombas de efeito moral para dispersar a multidão. Alguns manifestantes "retribuíam" jogando pedras sobre os policiais.

O efeito da dispersão foi a subida dos manifestantes  pela Esplanada. Ao longo da avenida, vários sinais de vandalismo.

Os manifestantes fizeram uma fogueira no gramado -- e impediram que os bombeiros a apagassem.

O prédio do Ministério da Saúde foi pichado com frases como "chega de ilusão", "cadê a educação" e "respeite o povo". Os prédios dos ministérios da Agricultura e Meio Ambiente também tiveram pichações.

OS PROTESTOS EM IMAGENS (Clique na foto para ampliar)

  • Manifestante tenta invadir a sede da Prefeitura de São Paulo, na região central da cidade

  • Carro de TV Record é incendiado em frente à Prefeitura de São Paulo durante protestos

  • Manifestante corre ao lado de estabelecimento comercial em chamas no centro de São Paulo

  • PM espirra spray de pimenta em manifestante durante protesto no Rio

  • Em Brasília, manifestantes conseguiram invadir a área externa do Congresso Nacional

  • Milhares de manifestantes tomam a avenida Faria Lima, em SP

  • Após protesto calmo em SP, grupo tenta invadir o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo

  • Manifestantes tentam invadir o Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Rio

  • Um carro que estava estacionado em uma rua do centro do Rio foi virado e incendiado

  • Cláudia Romualdo, comandante do policiamento de Belo Horizonte, posa com manifestantes