Topo

'PSDB e DEM estão por trás das agressões a militantes', diz presidente do PSTU

Gil Alessi

Do UOL, em São Paulo

21/06/2013 15h01

Os episódios de agressão contra partidos de esquerda e organizações sindicais registrados durante os protestos contra o aumento das tarifas dos transportes públicos nesta semana foram provocados por grupos de extrema direita, como os skinheads, instrumentalizados pelo PSDB e pelo DEM. A afirmação é do presidente nacional do PSTU, José Maria de Almeida. "Ironicamente, esses são justamente os partidos que, junto com o PT, provocam a insatisfação geral da população com as legendas”, afirmou.

O dirigente do PSTU diz não ter provas que corroborem a afirmação, mas informou que a prática de 'recrutar radicais para prejudicar movimentos sociais' é comum no meio político. O presidente estadual do PSDB-SP, o deputado federal Duarte Nogueira, considerou a acusação "mentirosa e irresponsável". "De nossa parte não há nenhum envolvimento direto nem de sugestão de pauta nos atos. Tentar encontrar culpados pelas agressões sofridas é não ter noção do que está acontecendo."

Para o senador Agripino Maia (DEM-RN), presidente nacional do Democratas, “o José Maria está alucinando. Talvez movido pela expulsão em alguns atos, ele está tendo estes delírios. Esse declaração é mais um gesto de radicalismo dele, mostra que ele não entendeu o caráter apartidário da manifestação".

José Maria diz compreender o sentimento geral da população contra os partidos. “A maioria dessas opiniões [contrárias às agremiações] tem sua origem nos escândalos que marcam as legendas que integram o governo e a oposição de direita”, diz José Maria.

Ele afirma que “assim como acabamos com a ditadura no Brasil, vamos acabar com os fascistas. Não recuaremos. Não abaixaremos as bandeiras, elas estarão cada vez mais altas”. Segundo ele, o PSTU e diversas organizações sociais já estão se articulando para promover uma greve geral, com pautas “concretas que beneficiarão o trabalhador”.

José Maria defendeu também os militantes petistas que foram agredidos, que de acordo com ele são de alas à esquerda dentro da legenda e que criticaram desde o início dos protestos a postura dos governos municipal, de Fernando Haddad (PT), e estadual, do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

O partido ainda não tem um balanço nacional de militantes feridos nos atos, mas estima em “dezenas”, especialmente nos protestos do Rio de Janeiro.