Topo

Incêndio em Heliópolis, em SP, deixou três mortos e 19 feridos, três em estado grave

Bombeiros encontram três vitimas durante o trabalho de rescaldo do incêndio que atingiu parte de favela - Adriano Lima/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo
Bombeiros encontram três vitimas durante o trabalho de rescaldo do incêndio que atingiu parte de favela Imagem: Adriano Lima/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo

Da UOL, em São Paulo

07/07/2013 13h06Atualizada em 07/07/2013 15h52

O incêndio que atingiu a comunidade da Ilha, que integra a favela de Heliópolis, na zona sul de São Paulo, na madrugada deste domingo (7) provocou a morte de três moradores e deixou 19 feridos, três deles em estado grave, segundo informações da Defesa Civil Municipal. Ao todo, 250 famílias --cerca de 860 pessoas-- perderam suas casas.

Sakamoto: Sabe por que favela queima? Porque é feita de ignorância

Um incêndio consumiu parte de uma favela na região de Heliópolis, em São Paulo, matando – até agora – três pessoas segundo os bombeiros. Ninguém sabe a origem do fogo, mas moradores comentam que pode ser um balão. O poder público não risca o fósforo, gera o curto-circuito, entulha o lixo que foi combustível da desgraça de uma favela. Muito menos acende a estopa do balão. Da mesma forma, não são as mãos de líderes religiosos segurando a faca, o revólver ou a lâmpada fluorescente que atacam homossexuais nas grandes cidades brasileiras.

Na tragédia, morreram três pessoas --um homem, uma mulher e uma criança, que tiveram os corpos carbonizados. As identidades das vítimas ainda não foram reveladas. Os feridos foram encaminhados para o pronto-socorro do Hospital Municipal de Heliópolis, que fica ao lado da comunidade. De acordo com o hospital, os três pacientes em estado grave foram sedados, respiram por aparelhos e correm risco de morrer.

O caso mais preocupante é de Adão Edipo Fontes Figueiredo, 22, que teve a maior parte do corpo queimado (rosto, braços, abdômen e córneas) e sofreu um ferimento na cabeça que causou um hematoma. O paciente deve ser transferido para o Hospital do Servidor Público Municipal, na Vila Mariana (zona sul), nas próximas horas.

Já Ivanildo Candido Deor, 43, teve a parte direita do corpo completamente queimada e sofreu edema de glote após se intoxicar com a fumaça. Ele já foi transferido para o Hospital do Servidor. A paciente Maria Lenilda da Silva, 45, sofreu queimaduras e respira com ajuda de aparelhos por ter inalado fumaça. Ela foi transferida para o Hospital das Clínicas, em Pinheiros (zona oeste). As outras 16 vítimas hospitalizadas já foram liberadas.

Segundo a Defesa Civil, a maior parte dos desabrigados está na casa de amigos e parentes. Os que não tiveram para onde ir, foram abrigados na na quadra da Escola de Samba Imperador do Ipiranga.

O fogo começou por volta da 0h50 na altura do número 500 da avenida Almirante Delamare. Segundo informações preliminares dos bombeiros, a área atingida pelas chamas era de 300 metros. O incêndio chegou a atingir parte de um hospital. Funcionários da Assistência Social cadastraram os desabrigados para avaliar as necessidades de atendimento. Ainda não há informações sobre as causas do incêndio.

De acordo com informações da prefeitura, a comunidade da Ilha surgiu há 13 anos e possuía cerca de 300 casas. Heliópolis é formada por uma favela principal e por comunidades menores vizinhas. Juntas, as comunidade formam o maior conjunto de favelas de São Paulo, com mais de 60 mil habitantes.