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UOL na JMJ: Jovem que é jovem não enche o saco, sacode a gente

Gabriela Fujita

Repórter

30/07/2013 06h00

Por mais acostumados que estejam os cariocas e a cidade do Rio de Janeiro a receberem eventos festivos das proporções do Carnaval e do Réveillon, a força da chegada dessa imensa "galera’ da Jornada Mundial da Juventude surpreendeu e tirou a cidade do eixo, como aquelas ondas do mar que arrebentam em cima da gente, nos pegam de acordo e nos deixam rolando na beira da praia.

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E não digo isso pensando nos problemas de trânsito, transporte público e desorganização que ocorreram no decorrer da Jornada. Estou falando é do espírito jovem que invadiu Copacabana e todos os lugares por onde a molecada passou cantando –noite e dia--, com uma disposição boa de se ver.

Não importava de onde vinham, esses jovens sempre tinham algo em comum: andavam em grupos, com seus pulsos cheios de braceletes, carregando as bandeiras de seus países (ou com outras enroladas pelo corpo), e sorrindo sempre, como se aquele momento fosse o melhor de suas vidas, como se aquelas pessoas fossem as melhores já conhecidas, como se não houvesse amanhã.

Eu pensava comigo que aquela vitalidade típica da idade ia esmorecer, uma hora ou outra. Uns dois ou três dias de andanças, tudo bem, mas quem é que aguenta muito mais do que isso?

Vieram a chuva e o frio, as horas de espera para pegar o metrô, o descanso espartano nos colchonetes em alojamentos improvisados... e eles resistiram.

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Não apenas resistiram, parece que ficaram ainda mais jovens. Continuaram cantando, mais alto, sorrindo, cada vez mais, até tomarem de vez as areias de Copacabana, com toda a cordialidade.

Aquela primeira impressão de que a empolgação juvenil e imatura seria vencida pelo cansaço, ao fim da Jornada já tinha sido substituída por admiração a quem faz tudo isso porque espera um mundo melhor.

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