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Outro suspeito de participar do assassinato de Brayan é encontrado morto

DO UOL, em São Paulo

10/09/2013 20h17

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo confirmou na noite desta terça-feira (10) a morte de Wesley Soares Pedroso, 19, um dos suspeitos de participar do assassinato de Brayan Yanarico Capcha, 5, durante um assalto na casa da família do boliviano, na zona leste de São Paulo, em junho.

Ainda que o corpo tenha sido encontrado no último dia 7 de julho com diversas marcas de tiros no bairro Jaçanã, zona norte da capital paulista, as digitais de Pedroso só foram identificadas pelos peritos hoje.

Amanhã, segundo a SSP, a família dele fará o reconhecimento fotográfico.

Outros dois homens acusados de matar Brayan já haviam sido encontrado mortos no dia 30 de agosto no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Santo André, na Grande São Paulo. Paulo Ricardo Martins e Felipe dos Santos estavam no pátio, por volta das 14h30, quando foram envenenados por uma mistura que reúne cocaína, viagra, água e creolina.

Agentes penitenciários informaram que os presos foram encaminhados para a enfermaria, mas não resistiram. O "coquetel da morte" foi criado por membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar inimigos de forma discreta, já que a causa da morte seria identificada como overdose, dificultando as investigações e impossibilitando indicar um culpado por homicídio.

Diego Rocha Freitas Campos, apontado pelos investigadores como o autor do disparo que matou o menino, está foragido. Ele deixou a prisão durante a saída temporária do Dia das Mães neste ano e não retornou.

Caso

Brayan foi morto em 28 de junho durante um assalto à família dele, em São Mateus, zona leste de São Paulo. Os bandidos que participaram do crime aproveitaram a chegada de um tio da criança para invadir a residência. A família entregou R$ 4.500, mas os bandidos, insatisfeitos, passaram a ameaçar todos dentro da casa.

O menino chorava no momento do roubo e os criminosos chegaram a dizer que cortariam a cabeça da criança, caso não parasse de gritar. Momentos antes de fugir, um dos bandidos disparou contra a cabeça do garoto.