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Reintegração de posse tem confronto entre moradores e PMs na zona leste de SP

Do UOL, em São Paulo

21/10/2013 12h43Atualizada em 21/10/2013 13h30

Já dura quase quatro horas a reintegração de posse cumprida pela Justiça, por meio da Polícia Militar, em um terreno na região do Jardim Pantanal, na zona leste de São Paulo. De acordo com a PM, não há previsão de encerramento da ação --iniciada às 9h --no local.

Mais cedo, os moradores tentaram impedir a demolição dos barracos, mas foram contidos com spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo. Ao meio-dia, a situação no local já era mais tranquila, sem confrontos.

A área reintegrada pertence à CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) e havia sido invadida entre os dias 6 e 7 de setembro.
 

No último dia 17, os moradores dessa mesma área já haviam protestado contra a desocupação: houve confronto com a PM, que usou bombas de efeito moral, e os manifestantes colocaram entulhos e pedaços de madeira na linha férrea para interromper a circulação de trens da Linha 12-Safira da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), além de queimarem galpões da CDHU.

Em nota, a CDHU informou que o local está em processo de regularização fundiária, o que garantirá a cada morador a documentação regularizada do imóvel. A companhia ressaltou que procurou negociar a desocupação, e, como não houve consenso, foi preciso recorrer à Justiça.

"Apenas um pequeno grupo de pessoas protestou, porém, a situação foi rapidamente contornada pela Polícia Militar. À tarde, todas as edificações irregulares deverão estar demolidas", diz trecho da nota, segundo a qual "as áreas invadidas são originalmente destinadas à implantação de praças, ruas, escolas e outros equipamentos sociais para atender à população local."

A estatal informou ainda que colocou à disposição das famílias despejadas caminhões, carregadores, ambulância com equipe de atendimento, além de galpão de depósito para guarda de pertences, se houver necessidade.

Também via nota, às 12h55, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo apontou que, "até o momento, não há o registro oficial de detidos ou feridos. Obviamente, tais informações podem mudar ao longo do dia pois a ação ainda está em andamento." (Com Agência Brasil)