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Secretário de Transportes sugere policiais à paisana nos ônibus em SP

Do UOL, em São Paulo

03/02/2014 18h17Atualizada em 03/02/2014 22h44

Como forma de coibir os ataques a ônibus em São Paulo, o secretário municipal de Transportes e presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Jilmar Tatto, sugeriu que policiais atuem à paisana dentro dos veículos de transporte coletivo. A declaração foi dada durante entrevista à rádio Estadão nesta segunda-feira (3).

"Nós temos conversado com a Segurança Pública no sentido de buscar uma ação efetiva de coibir essa ação, e uma das maneiras é colocar policial à paisana para pegar os bandidos que estão fazendo isso", afirmou.

Veja os Locais onde ônibus foram queimados em SP em janeiro de 2014

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O secretário lembrou, sem citar data, que a Polícia Militar "já usou desse mecanismo, já colocou gente à paisana no passado". Na opinião dele, os policiais deveriam atuar nas regiões onde estão sendo registrados mais casos de ônibus incendiados.

De 1º de janeiro até hoje, 35 ônibus foram queimados em São Paulo, segundo a SPTrans, empresa responsável pelo transporte público por ônibus na capital paulista, e a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo). Foram 42 em toda a Grande São Paulo.

"Nós esperamos que a polícia tenha competência no sentido de poder acabar com esse tipo de coisa ou inibi-la", afirmou Jilmar Tatto.

"Vai faltar ônibus na cidade"

Com os 35 ônibus queimados este ano, a capital registra média de um caso por dia. O número supera a quantidade registrada ao longo do primeiro semestre de 2013, quando 21 ônibus foram queimados na cidade. Em todo o ano passado, 53 ônibus foram incendiados em São Paulo.

"Se essa for a tendência, vai chegar uma hora que vai efetivamente faltar ônibus na cidade, tanto em função da renovação por exigência contratual como do ponto de vista dos ônibus que estão sendo queimados", disse Tatto.

Segundo o secretário, cerca de 1.000 ônibus e micro-ônibus são renovados por ano em São Paulo, para preservar a idade média da frota, exigida por contrato, de cinco anos.

Em resposta, a Polícia Militar do Estado de São Paulo disse tem se aproximado das "empresas de ônibus e terminais para conversar com todos os motoristas e cobradores para colher informações e dar instruções de segurança", além de ter colocado policiais militares à paisana (com escolta velada em viatura) acompanhando os ônibus nas linhas, de acordo com estratégia definida pela área de inteligência.