Deic descarta que presos tenham atacado filho de Alckmin
A Secretaria da Segurança Pública divulgou nota neste sábado (8) afirmando que, depois de ouvir os detidos e cruzar as informações, o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) descartou, por enquanto, que os oito presos ontem, em Campinas (a 99 km de São Paulo), estejam envolvidos na tentativa de assalto a Thomaz Alckmin, filho do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), na semana passada no bairro do Morumbi, na capital paulista.
A primeira informação era de que os detidos eram suspeitos de terem cercado o carro que levava o filho e a neta do governador, sendo que dois deles estariam diretamente envolvidos na ação.
O bando foi preso em uma residência no bairro Campo Belo, em Campinas, e levado para o Deic, na capital. Com eles foram apreendidos armas, telefones e uma lista de celulares - que teria indicado a ligação entre os acusados.
A abordagem, que terminou em tiroteio com a escolta de Thomaz Alckmin, teria sido um crime comum.
Nesta semana, a polícia mostrou um outro suspeito detido para os PMs que faziam parte da segurança do filho e da neta do governador no momento da ação, mas ele não foi reconhecido pela equipe.
Segundo o Deic, dos oito detidos, cinco permaneceram presos em razão de outros crimes, como porte ilegal de arma de fogo e formação de quadrilha.
Abordagem
O filho e a neta do governador ficaram no meio do fogo cruzado entre a escolta e um grupo de quatro homens armados que os abordaram no Morumbi. Thomaz dirigia um Hyundai i30 e levava a filha de 9 anos para a casa da mãe, às 21h20, quando o motorista de um Nissan Tiida, que seguia à frente, fez uma manobra (cavalo de pau) e fechou a passagem.
A abordagem aconteceu em uma alça de acesso da marginal do Pinheiros. Ao sair do Nissan, os bandidos teriam gritado "Mata!" duas vezes. A investigação apontou que esses gritos foram direcionados para os próprios PMs, quando os bandidos perceberam que estavam diante de policiais. Havia quatro PMs em dois veículos atrás do carro do filho do governador. O veículo não era blindado.
Segundo a polícia, os seguranças se posicionaram de forma a garantir que pai e filha saíssem ilesos. Policiais acreditam que ao menos um dos bandidos tenha sido ferido: o carro foi encontrado 400 metros depois, com manchas de sangue. Eles teriam fugido para a favela Real Parque, próxima do local da abordagem.
A vistoria realizada nos carros usados pelas vítimas e pela escolta não encontrou nenhum projétil que tivesse acertado os automóveis.
Repercussão
O caso reforçou o clima de tensão entre a Casa Militar e assessores de Alckmin. Os militares pressionam para que o governador e a família aceitem reforço da segurança. Em várias ocasiões, porém, o filho pediu dispensa da escolta e o próprio governador usa carros sem blindagem.
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