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Polícia prende suspeitos de matar jovem em ritual de magia negra em BH

Suspeitos de matar jovem debocham e fazem gesto obsceno ao serem apresentados à imprensa - Wesley Rodrigues/Hoje em Dia/Estadão Conteúdo
Suspeitos de matar jovem debocham e fazem gesto obsceno ao serem apresentados à imprensa Imagem: Wesley Rodrigues/Hoje em Dia/Estadão Conteúdo

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

10/02/2014 14h45

A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou nesta segunda-feira (10) três acusados da morte de uma jovem de 18 anos que foi assassinada em um suposto ritual de magia negra, no dia 31 de outubro do ano passado, em um terreiro de candomblé localizado no bairro São Bernardo, na região norte de Belo Horizonte. Eles serão indiciados por homicídio qualificado.

Raony Dias Miranda, que seria pai de santo, Kliver Marlei Alves dos Santos e Warley dos Reis Valentin da Silva foram presos na última sexta-feira (7) e negaram participação no crime durante a apresentação deles à imprensa feita no Departamento de Investigações de Minas Gerais, localizado na capital mineira.

Segundo a delegada Cristiana Angelini, da Delegacia de Homicídios de Venda Nova, testemunhas disseram que Camilla Christine Oliveira Souza, 18, teria sido morta em razão de ter desistido de continuar frequentando o local e supostamente ter quebrado um pacto com os suspeitos.

Conforme a policial, a moça mostrou sua vontade ao trio ao arrebentar um colar com chifres que usava no pescoço, o que teria provocado a ira dos suspeitos e dado início ao planejamento de sua morte.

No dia do crime, ainda conforme a investigação, a mulher foi atraída ao local e morta a facadas. Ela teve a cabeça quase decapitada. Nesse momento, de acordo com a delegada, os suspeitos colocaram um prato para colher sangue da vítima e o beberam em seguida.

A morte de Camilla teria servido como ritual para que os suspeitos passassem a ter o “corpo fechado” contra inimigos. A polícia afirmou que os três têm passagem pela polícia.

“Eles são criminosos contumazes. Queriam também fechar o próprio corpo contra prisões e condenações e acreditavam que com isso não seriam descobertos pela polícia”, afirmou a responsável pelo caso.

O corpo da moça foi localizado na porta do local onde funciona o terreiro de candomblé. Raony Miranda era um dos responsáveis pelo local, conforme a polícia.

Premeditação

A delegada ainda explicou que o trio premeditou o crime, tendo escolhido inclusive a data de 31 de outubro, o Dia das Bruxas, para cometê-lo.

Conforme a polícia, uma semana antes do crime, familiares da vítima foram ameaçados por telefone.

“Houve uma ligação telefônica na qual um dos familiares relatou que ouviu uma pessoa dizendo para tomarem cuidado porque quem estava falando era Lúcifer e poderia acontecer alguma coisa com alguém da família”, disse a delegada.