Justiça condena Mohammed a 21 anos de prisão por esquartejar inglesa
Após mais de 13 horas de sessão, a Justiça de Goiás condenou Mohammed D'Ali Carvalho dos Santos a 21 anos de prisão por ter assassinado, esquartejado e ocultado o corpo da estudante inglesa Cara Burke, 17, no ano passado, em Goiânia. O condenado, de 21 anos, já estava preso desde 31 de julho no complexo prisional de Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital, onde cumprirá sua pena.
Os jurados rejeitaram a estratégia da defesa de semi-imputabilidade, que considerava que o réu é portador de transtornos psicológicos. Com isso, o condenado terá que cumprir sua pena integralmente.
Logo após o veredicto, o advogado de defesa, Carlos Trajano, afirmou que aproveitará o período de cinco dias que tem para entrar com recurso para conversar com a família e com Mohammed antes de tomar uma decisão. "Vamos analisar a possibilidade de recurso, uma vez que a pena aplicada está dentro do que a defesa previa. Consideramos que foi uma pena justa, pois calculávamos que seria entre 12 e 20 anos", disse.
Já Milton Marcolino, promotor do Ministério Público, descartou a possibilidade de entrar com recurso. "Estou satisfeito com o resultado, os jurados rejeitaram por completo a tese de semi-imputabilidade, portanto não temos nenhum motivo para pensar em recurso nesse momento", afirmou.
O juiz do caso, Jesseir Coelho de Alcântara, explicou o motivo de Mohamed ter uma redução de pena de um ano. "Houve uma redução de seis meses, por ser tecnicamente réu primário, e mais seis meses por menoridade, pelo fato de ter cometido o crime quando tinha menos de 21 anos e por ter confessado espontaneamente", justificou.
O Julgamento
A defesa adotou o discurso de que Mohammed tem transtornos mentais. O advogado George Hidasi afirmou que "se ele for normal, não existe louco em lugar nenhum".
A promotoria classificou o condenado como imputável, ou seja, capaz de responder legalmente pelos seus atos. Marcolino afirmou que Mohammed é "frio" e premeditou o esquartejamento da inglesa.
O julgamento mobilizou uma multidão de advogados, estudantes de direito e comunidade em geral. Desde as primeiras horas da manhã, o auditório permaneceu lotado. Uma grande fila com pessoas na expectativa de assistir ao júri também se manteve fora do local.
Nenhum familiar da vítima acompanhou o julgamento. Pela parte do réu estavam presentes o irmão dele, Bruce Lee Carvalho, e a namorada de Mohammed, Helen Victoy. Ambos prestaram depoimentos em sua defesa. Também esteve presente o filho do réu, nascido no último dia 23 de março. Ele teria sido concebido durante uma visita íntima na prisão.
Entenda o caso
O crime ocorreu no final da tarde do dia 26 de julho de 2008, em um apartamento de classe média no Setor Universitário, região leste da capital goiana. Cara Burke foi morta a facadas. Após o assassinato, Mohammed foi a uma festa e retornou ao apartamento apenas no final da manhã do dia seguinte.
Posteriormente, ele teria comprado uma faca de açougueiro no supermercado e esquartejado a vítima, decepando-lhe a cabeça, os antebraços e a parte inferior das pernas, na altura dos joelhos. O tronco foi colocado em uma mala de viagem e jogado às margens do rio Meia Ponte, em Goiânia. Cabeça, braços e pernas foram jogados em um córrego, próximo à cidade de Bonfinópolis (33 km da capital).
* Com informações do UOL Notícias em São Paulo
Logo após o veredicto, o advogado de defesa, Carlos Trajano, afirmou que aproveitará o período de cinco dias que tem para entrar com recurso para conversar com a família e com Mohammed antes de tomar uma decisão. "Vamos analisar a possibilidade de recurso, uma vez que a pena aplicada está dentro do que a defesa previa. Consideramos que foi uma pena justa, pois calculávamos que seria entre 12 e 20 anos", disse.
Mohammed confessou homicídio no júri
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Mohammed D'Ali Carvalho dos Santos presta depoimento ao júri popular em Goiânia; ele confessou ter assassinado e esquartejado a inglesa Cara Marie Burke, 17; ele tirou fotos do corpo com o celular e foi a uma festa
O juiz do caso, Jesseir Coelho de Alcântara, explicou o motivo de Mohamed ter uma redução de pena de um ano. "Houve uma redução de seis meses, por ser tecnicamente réu primário, e mais seis meses por menoridade, pelo fato de ter cometido o crime quando tinha menos de 21 anos e por ter confessado espontaneamente", justificou.
O Julgamento
A defesa adotou o discurso de que Mohammed tem transtornos mentais. O advogado George Hidasi afirmou que "se ele for normal, não existe louco em lugar nenhum".
A promotoria classificou o condenado como imputável, ou seja, capaz de responder legalmente pelos seus atos. Marcolino afirmou que Mohammed é "frio" e premeditou o esquartejamento da inglesa.
O julgamento mobilizou uma multidão de advogados, estudantes de direito e comunidade em geral. Desde as primeiras horas da manhã, o auditório permaneceu lotado. Uma grande fila com pessoas na expectativa de assistir ao júri também se manteve fora do local.
Nenhum familiar da vítima acompanhou o julgamento. Pela parte do réu estavam presentes o irmão dele, Bruce Lee Carvalho, e a namorada de Mohammed, Helen Victoy. Ambos prestaram depoimentos em sua defesa. Também esteve presente o filho do réu, nascido no último dia 23 de março. Ele teria sido concebido durante uma visita íntima na prisão.
Entenda o caso
O crime ocorreu no final da tarde do dia 26 de julho de 2008, em um apartamento de classe média no Setor Universitário, região leste da capital goiana. Cara Burke foi morta a facadas. Após o assassinato, Mohammed foi a uma festa e retornou ao apartamento apenas no final da manhã do dia seguinte.
Posteriormente, ele teria comprado uma faca de açougueiro no supermercado e esquartejado a vítima, decepando-lhe a cabeça, os antebraços e a parte inferior das pernas, na altura dos joelhos. O tronco foi colocado em uma mala de viagem e jogado às margens do rio Meia Ponte, em Goiânia. Cabeça, braços e pernas foram jogados em um córrego, próximo à cidade de Bonfinópolis (33 km da capital).
* Com informações do UOL Notícias em São Paulo
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