Greve dos garis chega ao fim no Rio de Janeiro
A greve dos garis chega ao fim no Rio de Janeiro, após reunião de acordo entre a comissão dos trabalhadores e representantes da prefeitura no TRT-RJ (Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro). A Prefeitura do Rio de Janeiro aceitou a contra proposta de salário-base de R$ 1.100 e tíquete alimentação diário de R$ 20. Os garis se comprometeram a retornar ao trabalho ainda neste sábado (8).
O chefe da Casa Civil da Prefeitura do Rio de Janeiro, Pedro Paulo Teixeira, disse que a negociação encerra esse episódio e a “ressaca do Carnaval”. “Decidimos aceitar [o acordo] para botar uma pá de cal nessa situação porque entendemos que os garis são um símbolo para nossa cidade”, afirmou.
Em entrevista coletiva, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que o final da greve dos garis lhe devolveu o controle da situação. Anteriormente, o prefeito havia dito que não se tratava de greve e sim, de "motim". Questionado como se sentia como capitão da cidade, ele respondeu: "Me senti como um capitão que retomou o controle da nau".
Com o acordo, os garis passam de salário base de R$ 802,57 para R$ 1.100, um aumento de 37%. E o tíquete alimentação, que estava em R$ 12, teve elevação de 66% e ficará agora em R$ 20. Os garis também recebem insalubridade de 40%, o que representa um salário final de R$ 1.540.
O acordo coloca fim à paralisação nos serviços de coleta de lixo que já durava 8 dias.
Vinicius Roriz, diretor da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana), afirmou que com a volta dos garis ao trabalho, a situação estará completamente normalizada em dois ou três dias.
Mais cedo, durante a primeira parte da reunião de conciliação no TRT, o chefe da Casa Civil afirmou que se os garis retomassem o trabalho imediatamente, nenhum funcionário da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) seria demitido.
Negociação
Segundo Pedro Paulo Teixeira, a negociação foi difícil porque "há limites" para o orçamento da prefeitura. "Mas a Comlurb é tão importante que não podemos abrir mão de investir nela", afirmou. "Nós vamos investir o que for preciso, apertar aqui, acolá, para que o nosso gari fique satisfeito".
Teixeira ainda não tinha os números fechados ao final da reunião. Ele estima, porém, que o impacto do reajuste salarial dos garis na folha de pagamento da prefeitura deve ficar perto de R$ 400 milhões. O aumento é retroativo a 1º de março.
A comissão dos garis e representantes da Prefeitura do Rio de Janeiro vão assinar um aditivo no acordo fechado com os sindicatos, com os novos valores. Esse acordo será protocolado ainda neste sábado.
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