Em 12 horas, chove em Porto Alegre quase o volume de todo o mês

A noite de quinta-feira (3) e a madrugada desta sexta (4) foram de chuva intensa na região metropolitana de Porto Alegre. Conforme o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), em um intervalo de 12 horas choveu na capital cerca de 80% do esperado para todo o mês de julho.

Com todo esse volume, a cidade amanheceu com diversas áreas de alagamento, semáforos desligados e muito congestionamento. 

Por volta das 11h, muitos bloqueios totais de ruas e parciais de avenidas devido à chuva ainda  persistiam, especialmente na zona norte. Na zona sul, arroios transbordaram, deixando comunidades ilhadas, como foi o caso no bairro Lami.

A chuva começou no início da noite de quinta. Uma atividade atípica de raios e trovões,acompanhada de vento forte e até queda de granizo surpreendeu os porto-alegrenses. 

Segundo a empresa de meteorologia MetSul, as  rajadas de vento ficaram entre 60km/h e 70 km/h na maioria dos bairros. O acumulado de chuva entre as 21h de quinta e as 9h de sexta foi de 95,8 milímetros, levando em conta que a média mensal nessa época é de 121,7 milímetros.

Foram contabilizados nesta manhã ao menos 25 importantes alagamentos em ruas e avenidas da capital, cuja zona norte foi a mais atingida. A  Eptc (Empresa Pública de Transporte e Circulação) chegou a recomendar que, quem puder, evite sair de casa devido ao grande impacto da chuva no trânsito.

O Trensurb, que liga por trilhos seis cidades da região metropolitana, com a capital, opera em trecho reduzido. As estações Rodoviária e Mercado Público, duas das principais de todo o trajeto, estão isoladas. O motivo é o acúmulo de água sobre os trilhos perto da ponte do Guaíba. Dessa maneira, o trem só circula entre as estações Farrapos e Novo Hamburgo. 

Os passageiros que utilizam os dois terminais inoperantes podem contar com dez ônibus que a companhia disponibilizou para fazer o trajeto. Não há previsão para a retomada total do serviço.