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Amiga de madrasta de Bernardo diz que cavou a cova, mas inocenta irmão

Lucas Azevedo

Do UOL, em Porto Alegre

11/12/2014 15h16

Ré no processo sobre a morte do menino Bernardo Boldrini, 11, assassinado no norte do Rio Grande do Sul no início deste ano, Edelvânia Wirganovicz disse que cavou a cova para enterrar o corpo, mas negou que seu irmão tenha participado do crime.

Ela deu uma entrevista nesta quarta-feira (10) durante uma audiência que ouviu seis testemunhas de defesa, no Fórum da cidade de Frederico Westphalen.

Ao fim da sessão, ela solicitou falar com os jornalistas presentes. Em entrevista gravada ao jornal gaúcho “O Alto Uruguai” e cedia ao UOL, Edelvânia inocentou o irmão Evandro, preso acusado de ocultação de cadáver.

"Ele é inocente. Ele não tem nenhum envolvimento. [...] Ele tá lá pagando por uma coisa que ele não fez", afirma, chorando.

Edelvânia estava acompanhada de seu advogado, Demetryus Grapiglia. Aos jornalistas, ela se diz inocente em relação ao assassinato. “Eu não matei o Bernardo. Eu somente fiz a cova”, declarou.

O caso

Além de Edelvânia e Evandro,  também estão presos acusados do crime o médico Leandro Boldrini, pai do Bernardo, e Graciele Ugulini, madrasta. Os quatro são acusados de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Bernardo foi morto com uma dose letal de um remédio na veia. A denúncia aponta que a madrasta deu um calmante ao menino e o levou de carro de Três Passos para Frederico Westphalen.

Lá, encontrou a amiga Edelvânia, que levou os dois em seu carro até o local em que foi dada a dose fatal. O corpo do menino foi colocado em um buraco aberto por elas com antecedência.

O pai teria sido o mentor e incentivador do crime. Evandro teria comprado as ferramentas para abrir a cova e a soda cáustica colocada sobre o corpo. Também teria coberto a cova e se desfeito das roupas do menino.