Com drag queen, ato contra falta de água reúne cerca de 30 pessoas em SP
Trinta pessoas: este foi o número de manifestantes que o UOL contabilizou que foram até o portão número 2 do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, nesta segunda-feira (26) para protestar contra a falta de água em São Paulo.
O evento, marcado pelo Facebook, teve mais de 150 mil pessoas confirmadas virtualmente, mas não vingou. "O horário deve ter sido um problema", afirma Eudes Silva, um dos manifestantes.
Segundo uma das organizadoras do ato, a diretora da associação Proteste, Maria Inês Dolci, "os 150 mil nos apoiam e fazem a diferença em defender a nossa causa nas redes sociais".
Por volta de 11h da manhã, os poucos manifestantes sentaram-se em frente ao portão número 2 do palácio e gritaram frases de efeito, como "Alckmin, a culpa é sua", e depois deram espaço para uma performance da dragqueen Tchaka que, em roupas de banho, fez uma lavagem simbólica do Palácio dos Bandeirantes.
Entre as reivindicações do ato, estão o pedido para que o governador decrete o racionamento no Estado de forma oficial e amplie a divulgação da crise hídrica, para só então poder justificar a multa sobre o consumo dos usuários.
"A gente está aqui para mostrar que precisa fazer, as pessoas precisam começar a vir e pressionar os governantes pra que as ações sejam públicas e divulgadas claramente", disse a publicitária Fabiane Vasconcelos, uma das manifestantes, que foi ao ato com a filha de 11 anos. "Dia sim dia não falta água onde moro, na Granja Viana. Não estou aqui pela minha falta de água, quero transparência e quero um plano B."
Procurada, a assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes não comentou o ato, mas informou que no momento em que ele foi realizado o governador Geraldo Alckmin (PSDB) não estava no local.
Há duas semanas, Alckmin chegou a afirmar que há racionamento de água em São Paulo. O tucano declarou que o racionamento existe desde que a ANA (Agência Nacional de Águas) determinou, em 2014, a redução da captação do sistema Cantareira.
"O racionamento já existe quando a ANA determina que você que tem que reduzir de 33 para 17 [metros cúbicos por segundo] no Cantareira. É obvio que você já está em restrição. Está mais do que explicitado", disse durante a posse do novo comandante da Polícia Militar.
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