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Governo declara "cenário de alerta" para falta d'água no Espírito Santo

Do UOL, no Rio

29/01/2015 10h23

Os mananciais que fazem parte do sistema de abastecimento de água no Espírito Santo apresentam níveis de 30% a 39% do total esperado para o mês de janeiro, o que fez com que o governo do Estado declarasse, na última terça-feira (27), um "cenário de alerta" para a possibilidade de falta d'água no território capixaba.

De acordo com  a Agerh (Agência Estadual de Recursos Hídricos), por orientação do Executivo, técnicos fazem o monitoramento da vazão dos rios Jucu, Santa Maria da Vitória, Benevente, Jabuti e Conceição, entre outros. Juntos, eles são a principal fonte de captação de água para tratamento e distribuição.

O CHG (Comitê Hídrico Governamental), órgão criado para formular medidas de enfrentamento da crise hídrica --essa é a pior estiagem dos últimos 40 anos no Espírito Santo, na avaliação técnica do comitê--, informou que há estudos para que, se a falta de chuvas permanecer durante o mês de fevereiro, seja realizada a captação de água do rio Reis Magos e do rio Doce para a grande Vitória.

"O período chuvoso, que historicamente se inicia no mês de outubro, contribui para ocorrência destas vazões. Mas a falta de chuvas significativas no Estado durante o verão até o presente momento tem contribuído para redução dos níveis dos rios", informou o governo do Estado, em nota.

Governo quer punir desperdício

A Agência Estadual de Recursos Hídricos estabeleceu nesta semana uma resolução por meio da qual recomenda que as prefeituras em todo o Espírito Santo punam o desperdício de água, tais como "lavagem de vidraças e fachadas, calçadas, pisos, muros e veículos com uso de mangueiras, rega de gramados e jardins, resfriamento de telhados com umectação ou sistemas abertos de troca de calor e umectação de vias públicas e outras fontes de emissão de poeiras, exceto quando a fonte for o reuso de águas residuais tratadas".

O governo também decidiu suspender a concessão de novas permissões de uso de recursos hídricos na agricultura e na indústria, o que inclui atividades como irrigação, aquicultura, piscicultura, entre outros.