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Mãe de menino negro relata caso de racismo em rede de fast food no Rio

Do UOL, no Rio

15/04/2015 16h00

Geórgia Kitsos, moradora de Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro, afirma que seu filho foi vítima de racismo por parte de um funcionário da rede de fast food Burger King, no último sábado (11). Mãe de um menino negro, Geórgia escreveu um texto para o site "Gelédes" relatando o caso de preconceito racial, que foi confirmado pela assessoria do Burger King.

Segundo ela, enquanto pagava o lanche no caixa, a criança se dirigiu à máquina de refrigerantes da loja. O segurança teria dito para ele: "Está fazendo o quê?". Acuado, o garoto se aproximou da mãe. Nesse momento, o segurança questionou se o menino estava acompanhado de Geórgia.

"Fiquei muito indignada e perguntei a ele que, se fosse um menino loiro e de olho azul, ele o abordaria da mesma maneira. Ele respondeu que não", disse ela. A justificativa apresentada pelo segurança foi de que, às vezes, crianças de rua entravam na loja e "ficavam mexendo na máquina".

A mãe relatou que o segurança pediu desculpa "pelo engano". "Em suma, ele achou que meu filho, por ser negro, era um menino de rua sem ao menos observar antes de abordar."

Os fatos narrados por ela ocorreram na filial do Burger King da rua Visconde de Pirajá, em Ipanema. Ao UOL, a assessoria do Burger informou "que, de maneira alguma, compactua com qualquer prática discriminatória".

"Independentemente do resultado da apuração, o Burger King pede desculpas à família e a toda e qualquer pessoa que tenha se sentido afetada", informou a empresa, em nota.