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Parecia um redemoinho, diz morador de prédio vizinho a explosão no Rio

Paula Bianchi

Do UOL, no Rio

19/10/2015 13h17

O promotor de vendas Michael Douglas Rebouças, 24, mora no sétimo andar de um prédio vizinho à explosão que deixou sete feridos na zona norte do Rio de Janeiro, na madrugada desta segunda-feira (19). Ele dormia na sala com o irmão –a mãe e a sobrinha estavam no quarto— quando ouviu o estrondo.

“Estava dormindo, ouvi um barulho, vi um clarão azul e corri para a janela. Parecia um redemoinho de caixas, pedras, madeiras”, contou. “Não sabia se o prédio estava caindo, se tinha caído um helicóptero ou um avião.”

Ele e os familiares então pegaram apenas os documentos e saíram correndo para a rua, batendo nas portas dos vizinhos para avisar que algo estava errado. O imóvel acabou sendo liberado pela Defesa Civil mais tarde, sem riscos de desabamento. E a família passou a manhã limpando vidros das janelas, telhas e azulejos quebrados.

Os moradores que tiveram imóveis atingidos e não podem entrar em casa estão sendo cadastrados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social no local. A energia foi cortada na rua e a CET-Rio montou um plano de contingência para desviar o trânsito. Permaneciam interditadas às 12h a rua São Luiz Gonzaga, entre o Largo da Cancela e o Campo de São Cristóvão, a avenida do Exército e a rua Fonseca Teles, a partir da rua Parque.

O subsecretário de Defesa Civil do Rio, coronel Márcio Motta, afirmou que a explosão deve estar relacionada a botijões de gás. "Muito provavelmente o que houve aqui foi uma explosão devido a um vazamento de gás GLP (de botijão) que confinou em algum espaço, encontrou uma chama e houve essa queima súbita", declarou.

No terreno da rua São Luiz Gonzaga impactado pela explosão havia um restaurante, uma pizzaria, uma farmácia e uma pensão, onde se concentra o trabalho do Corpo de Bombeiros na busca por outros feridos, que deve durar até a noite de terça (20).

Atrás do local apontado como foco da explosão, há uma vila residencial que também foi prejudicada. Moradora do local, a costureira Marlene Sangy, 46, afirmou ter perdido tudo dentro de casa. "Vi tudo vindo abaixo. Só deu tempo de ligar para a polícia e pedir ajuda. (...) A explosão destruiu tudo. Roupas, objetos, enfim. Tudo dentro da casa está destruído."

 

Feridos

Dos sete feridos na explosão, cinco foram liberados pelo Hospital Souza Aguiar, no centro da capital fluminense, após receberem atendimento.

explosão no rio - antes - GoogleStreetView - GoogleStreetView
Imagem do Google Street View mostra o local antes da explosão
Imagem: GoogleStreetView

explosão no rio - depois - José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo  - José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
Bombeiros trabalham no local da explosão na zona norte do Rio
Imagem: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo